quarta-feira, 28 de agosto de 2019

O Papel da Ação na concepção aristotélica da felicidade

O papel da ação na concepção aristotélica da felicidade
Na filosofia prática de  Aristóteles, a teoria da ação tem uma posição central. De fato, a definição de felicidade que encontramos na  Ethica Nicomachea  e na Ethica Eudemia  baseia-se essencialmente na noção de atividade: “o bem humano resulta ser a atividade da alma segundo virtude”, diz ele; e diz ainda: “a felicidade será atividade de uma vida completa segundo virtude completa”. Nestas passagens encontramos, propriamente, o conceito de  energeia  e não o de praxis. Mas, para  Aristóteles, a  energeia  humana é feita de  praxeis: “digamos que o operar próprio do homem seja um certo tipo de vida e que esta consista em uma atividade e em ações da alma unidas a razão”, diz ele, e: “digamos que as ações, e as atividades, que dizem respeito à alma são [os bens] relativos à alma". O homem feliz é aquele que é capaz de realizar as  kalai praxeis  ou  praxeis kat’areten: belas ações, ou ações segundo virtude. A  definição de felicidade e de bem humano resulta, portanto, ser fundada sobre o conceito de  praxis.  A  determinação da felicidade humana traz consigo o conhecimento do que seja uma praxis. (...)
A ação é princípio da virtude em sentido causal: o agir bom produz a virtude e o agir mau produz o vício. Por exemplo, se alguém se habitua a realizar ações corajosas, torna-se corajoso e se alguém se habitua a realizar ações vis, torna-se vil.
(Analytica: Revista de Filosofia, Carlo Natali) Baixe o texto completo
https://revistas.ufrj.br/index.php/analytica/article/view/393/350



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