quinta-feira, 16 de julho de 2020

Umberto Eco entrevista Michel Foucault - Vídeo Raro

Michel Foucault - Arqueologia do Saber

Michel Foucault denunciou o domínio da razão. Uma sociedade moderna que discriminava todos que não se enquadravam em seus padrões. Toda sociedade do século XIX e metade do século XX tratou desvios como loucura. O conhecimento passou a ser um meio de controle. Quem fugia a este controle era punido. Foucault é estudado na Filosofia, na Psicologia e em diversas áreas. Escreveu A História da Loucura, Vigiar e Punir, Arqueologia do saber e outras obras. Foucault denunciou todo exagero dos instrumentos de controle. Aquilo que parece racional, pode ser uma xenofobia, ou uma rejeição a tudo que é diferente. Muitas vezes é mais fácil rotular ele é bom ou mau. Mas será que essencialmente é uma questão moral? Na origem é uma questão de capacidade. Foi lhe dado condições para ser uma melhor pessoa. A sociedade, o governo deu-lhe oportunidades? É muito fácil rotular moralmente o que não foi trabalho em sua capacidade. A questão é dar melhor condições de vida. Investir num ser humano melhor, mais capaz. Não considerar o outro inferior, pior, mau. Michel Foucault denunciou o poder padronizado da razão, contribuiu para a aceitação do outro. Os manicônios, os tratamentos dos doentes mentais mudou, hoje pensamos em inclusão, em adaptação, mas esse caminho não foi fácil.   Márcio Ruben, 2020.
 


"Termino aqui com este texto anônimo. Estamos agora muito longe do país dos suplícios, das rodas, dos patíbulos, das forcas, dos pelourinhos; estamos muito longe também daquele sonho que, cinqüenta anos antes, alimentavam os reformadores: a cidade das punições, onde mil pequenos teatros levariam à cena constantemente a representação multicor da justiça e onde os castigos cuidadosamente encenados sobre cadafalsos decorativos constituiriam a quermesse permanente do Código. A cidade carcerária, com sua "geopolítica" imaginária, obedece a princípios totalmente diferentes. O texto de La Phalange lembra alguns desses princípios mais importantes: que no coração da cidade e como que para mantê-la há, não o "centro do poder", não um núcleo de forças, mas uma rede múltipla de elementos diversos - muros, espaço, instituição, regras, discursos; que o modelo da cidade carcerária não é então o corpo do rei, com os poderes que dele emanam, nem tampouco a reunião contratual das vontades de onde nasceria um corpo ao mesmo tempo individual e coletivo, mas uma repartição estratégica de elementos de diferentes naturezas e níveis. Que a prisão não é filha das leis nem dos códigos, nem do aparelho judiciário; que não está subordinada ao tribunal como instrumento dócil e inadequado das sentenças que aquele exara e dos efeitos que queria obter; que é o tribunal que, em relação a ela, é externo e subordinado. Que, na posição central que ocupa, ela não está sozinha, mas ligada a toda uma série de outros dispositivos "carcerários", aparentemente bem diversos - pois se destinam a aliviar, a curar, a socorrer - mas que tendem todos como ela a exercer um poder de normalização. Que aquilo sobre o qual se aplicam esses dispositivos não são as transgressões em relação a uma lei "central", mas em torno do aparelho de produção - o "comércio" e a "indústria" -, toda uma multiplicidade de ilegalidades, com sua diversidade de natureza e de origem, seu papel específico no lucro, e o
destino diferente que lhes é dado pelos mecanismos punitivos. E que finalmente o que preside a todos esses mecanismos não é o funcionamento unitário de um aparelho ou de uma instituição, mas a necessidade de um combate e as regras de uma estratégia. Que, conseqüentemente, as noções de instituição de repressão, de eliminação, de exclusão, de marginalização, não são adequadas para descrever, no próprio centro da cidade carcerária, a formação das atenuações insidiosas, das maldades pouco confessáveis, das pequenas espertezas, dos procedimentos calculados, das técnicas, das "ciências" enfim que permitem a fabricação do indivíduo disciplinar. Nessa humanidade central e centralizada, efeito e instrumento de complexas relações de poder, corpos e forças submetidos por múltiplos dispositivos de "encarceramento", objetos para discursos que são eles mesmos elementos dessa estratégia, temos que ouvir o ronco surdo da batalha." Michel Foucault - Vigiar e Punir

Umberto Eco entrevista Michel Foucault - Vídeo Raro



terça-feira, 14 de julho de 2020

Martin Heidegger - o Dasein


Martin Heidegger - o Dasein

Heidegger analisa a ontologia contemporânea. Para ele o estudo do ser na Idade Média era chamado de ontologia, estudo do Ser. Todavia, ontologia é o estudo do ser, ôntico, que se refere aos entes. Pode-se dizer que ontologia se refere ao estudo do ser ou ente do homem. O homem é um ente no mundo. A fenomenologia de Husserl é aplicada por Heidegger no estudo do homem. Esse homem não se descobre apenas sendo um ente no mundo, um ser-aí. O dasein é este ser presente, consciente da sua existência, um ser engajado, atuante no presentificar do mundo. Consciente do agora, do que está ao seu redor. Vale para este ser o existir, o viver. Existir é mover-se na realidade deste mundo, é um presentificar, não é o devaneio de um passado distante ou um futuro inexistente. O dasein é o ser que existe na vivência do presente. Ser e tempo, é o ser no tempo presente, no presentificar aberto, sem cálculos perfeitos para o futuro, um ser aberto para inúmeras possibilidades, mas vive ou existe neste momento, existe antes de ser, pois existir é um ser aqui e presente. Este ser presente vive intensamente o momento, valorizando inúmeras possibilidades, não é a irresponsabilidade, mas a existência que projeta o futuro e dá continuidade ao presente. Ser que está no presente, no espaço, com as pessoas ao seu redor, olha para elas, e entende que ao fazerem parte da sua vida de alguma forma fenomenológica faz parte de seu ente aqui, do seu dasein, do ser no tempo, ou seu ser e tempo. "Somos seres temporais – nascemos e temos consciência da morte. Somos seres intersubjetivos – vivemos na companhia dos outros. Somos seres culturais – criamos a linguagem, o trabalho, a sociedade, a religião, a política, a ética, as artes e as técnicas, a filosofia e as ciências...O Ser é tempo." Marilena Chauí - Convite à Filosofia. Em outras palavras, o Ser está no mundo presente, no espaço, se relaciona, vive e convive com os seus próximos, nunca indiferente, ama, cuida, se faz um com o outro. "A constituição ontológico-existencial de todo o Dasein é baseada na temporalidade". Heidegger - Ser e Tempo Baixe Aqui o Livro Completo em Espanhol
Márcio Ruben - 2020


VÍDEO RARÍSSIMO - HEIDEGGER ENTREVISTADO POR UM MONGE BUDISTA



Entrevista sobre Heidegger na Floresta Negra

seu filho fala sobre o pai





Mais sobre Heidegger
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Diagnóstico Socioterritorial


O que é um Diagnóstico Socioterritorial?

Esse curso é uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Centro de Estudos Internacionais sobre Governo (CEGOV).


sexta-feira, 10 de julho de 2020

Painel de Indicadores

 

 

Painel de Indicadores

 

 



 

 



 

 



 

 



                                                                                                                                                    



Visite um exemplo que fiz

quinta-feira, 9 de julho de 2020

NOSSOS PRINCÍPIOS ORIENTADORES SEGUNDO AEA

NOSSOS PRINCÍPIOS ORIENTADORES
SEGUNDO AEA

  1. Investigação Sistemática: Conduzir investigações sistemáticas baseadas em dados.
  2. Competência: Fornecer desempenho competente para as partes interessadas.
  3. Integridade / Honestidade: Demonstrar honestidade e integridade em seu próprio comportamento e tentar garantir a honestidade e integridade de todo o processo de avaliação.
  4. Respeito pelas Pessoas: Respeitar a segurança, dignidade e valor próprio dos entrevistados, programa participantes, clientes e outras partes interessadas na avaliação.
  5. Responsabilidades para o bem-estar geral e público: Articular e levar em consideração a diversidade de interesses e valores gerais e públicos que podem estar relacionados com a avaliação.

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Paciência e flexibilidade

PACIÊNCIA E FLEXIBILIDADE
Neste momento para quem estuda é tudo novo, a maioria. Para quem ensina também. Não é um EAD tradicional, que todos acessam algo pronto. Há interação, há conectividade. Há até muita criatividade. Ensinar com calor humano por meio digital. E a internet? Caindo, voltando, lenta e satisfatória... A gente acaba se acostumando. Mas muita, muita paciência. Maneira de ensinar com muita flexibilidade. Arquivo em Word, PDF, PPT, áudio, vídeo, aplicativo, plataforma, grupo Whatsapp... Paciência, pois ensinar não é reprovar, é fazer o aluno aprender, desenvolver, crescer. Mudar e transformar. Quando recebo dos meus alunos resposta pelo Whatsapp, mostrando o que aprenderam, não com textos e laudas rebuscadas de erudição, mas num bate papo descontraído e cheio deles mesmos, fico muito feliz. Em meio aos intempéries da vida, encontraram tempo para ler e assimilar. Uma educação libertadora, se desfaz de todo autoritarismo, de toda tradicionalidade arcaica e evolui, moderniza. Quem cria barreiras para isto está fadado ao ostracismo. Envelhece envelhecendo, ensina sem ensinar.  Parabéns a todos, alunos, alunas, professoras e professores, quem em meio as dificuldades não desistem e continuam, permanecem e fazem história!
Do aluno e professor Márcio Ruben

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Abordagens Avaliativas


Procedimento para Avaliação CIPP
Concentrar-se na Avaliação
Nível da Avaliação Identifique o(s) principal(is) nível(eis) de tomada de decisão a ser atendido(s), como municipal, estadual ou nacional.
Projeção de situações Para cada nível da tomada de decisões, projete as situações em que as decisões serão tomadas e descreva cada uma delas em termos de local, foco, prioridade, momento e composição de alternativas.
Definição de Critérios Defina critérios para cada situação de tomada de decisões especificando as variáveis a ser medidas e os padrões a ser usados no julgamento das alternativas.
Definição de Políticas Defina as politicas dentro das quais o avaliador tem de operar.
Coleta de informações
Fonte Especifique a fonte de informações a ser coletadas.
Instrumentos Especifique os instrumentos e os métodos para coletar as informações necessárias.
Procedimento Especifique o procedimento de amostragem a ser empregado_
Condições Especifique as condições e o momento da coleta de informações.
Organização das informações
Formato Defina um formato para as informações a ser coletadas_
Meio Designe um meio para realizar a análise.
Análise das Informações
Procedimentos Selecione os procedimentos analíticos a ser empregados.
Meio Designe um meio para realizar a análise
Relatório das informações
Definição Defina os interessados nos relatórios da avaliação.
Meio Especifique meios para dar informações aos interessados.
Formato Especifique o formato de relatórios de avaliação ou sessões de apresentação.
Momento Determine o momento de apresentar as informações.
Gestão da avaliação
Horários Resuma os horários de apresentação da avaliação.
Necessidades Defina as necessidades em termos de equipe e recursos e planeje a satisfação dessas necessidades.
Meios Especifique os meios necessários para atender as exigências políticas para realizar a avaliação.
Potencial Avalie o potencial do plano de avaliação para fornecer informações que sejam válidas, confiáveis, verossímeis, oportunas e gerais (isto é, que alcancem todos os interessados relevantes).
Datas Especifique e fixe datas para a atualização periódica do plano de avaliação.
Orçamento Apresente um orçamento do programa completo de avaliação.

Fonte: Whorten Avaliações de Programas, 2004 / Adaptação Márcio Ruben Tabela, 2020.

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Modelo de avaliação CIPP Contexto, Insumo, Processo e Produto
Tipo Descrição Propósito
Contexto A avaliação do contexto serve para decisões de planejamento. Determinar que necessidades precisam ser atendidas por um programa ajuda a definir seus objetivos.
Insumo A avaliação do insumo serve para decisões de estruturação. Determinar que recursos estão disponíveis, que estratégias alternativas do programa devem ser consideradas e que plano parece ter o maior potencial para atender as necessidades e facilitar a criação de procedimentos do programa.
Processo A avaliação do processo serve para decisões de implementação. Qual é o grau de êxito da implementação do programa? Que barreiras ameaçam seu sucesso? Que revisões são necessárias? Depois que essas perguntas forem respondidas, será possível supervisionar, controlar e refinar os procedimentos.
Produto A avaliação do produto serve para decisões de reciclagem. Que resultados foram obtidos? Até que ponto as necessidades foram reduzidas? O que deverá ser feito com o programa depois que ele chegar a seu termo? Essas perguntas são importantes para julgar o que o programa conseguiu realizar.

Fonte: Whorten Avaliações de Programas, 2004 / Adaptação Márcio Ruben Tabela, 2020. https://equipeavaliadores.blogspot.com/ Fonte: Whorten Avaliações de Programas, 2004 / Adaptação Márcio Ruben Tabela, 2020. https://equipeavaliadores.blogspot.com/

Abordagens Avaliativas de Programas
Tipo Descrição Critério
Centrada em objetivos Metas e objetivos a serem atingidos Resultados a alcançar
Centrada na administração Necessidade de informação dos administradores Tomada de decisão
Centrada no consumidor Informações avaliatórias sobre produtos, serviços e congêneres Informação qualitativa
Centrada em especialistas Aplicação direta de especialistas profissionais Expertise profissional
Centradas nos adversários Baseada nos prós e contras Diferentes pontos de vista
Centrada no participante Ênfase nos interessados no objeto da avaliação Opinião dos participantes

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