quinta-feira, 27 de junho de 2019

Fundação Cesgranrio - lançamento do livro do Prof. Michael Scriven

Fundação Cesgranrio - lançamento do livro do Prof.  Michael Scriven "Avaliação: Um Guia de Conceitos" presença do Presidente Prof. Carlos Alberto Serpa, Professora Thereza Penna Firme e Professora Ligia Gomes Elliot, Professores e Professoras da Faculdade Cesgranrio, Fundação Cesgranrio, Fundação Roberto Marinho e Itaú Social. Um dia memorável para a avaliação no Brasil.






terça-feira, 4 de junho de 2019

Avaliação, uma ciência - comentário

Avaliação, uma ciência - comentário

Michael Scriven

"A questão para mim era: o que eles diriam sobre a avaliação?

Seria uma disciplina, como eles a retrataram, ou simplesmente  um mito ou sonho realizar um trabalho científico com algo que envolvesse valores humanos? O que nos preocupava, no grupo de avaliação, era que eles respeitassem esse tratamento sistemático de avaliação que estava crescendo, na prática, e servindo como apoio extremamente útil aos chefes de Estado e agências federais de educação.


Esse negócio em expansão, a avaliação de programas federais, foi liderado pela enorme revolução no ensino de ciência que estava emergindo como nossa resposta à notável conquista do projeto espacial russo. Pareceu-me que uma nova disciplina com um jargão peculiar não iria muito longe, a menos que se pudesse chegar a um consenso razoável no seu próprio vocabulário.


Portanto, pensei que chegara a hora de tentar elevar o tesauro ao nível de um livro sério de referência acadêmica, o que ele já é na quarta edição. Mas, é claro, é preciso mais do que isso. Então, estávamos publicando textos introdutórios em avaliação e, em seguida, textos avançados especializados que tratavam de questões especificas como análise de custo e como formar avaliadores e o início de uma rede de ofertas de emprego e especial istas disponíveis para preenchê-las, o que entregamos aos caminhos habituais do mercado de trabalho. Então também precisávamos da estrutura funcional de uma ciência.


Quando comecei a olhar para as disciplinas clássicas, mesmo  que eu já fosse um defensor da disciplina e da profissão de avaliação, notei algumas características extraordinárias que desafiaram a suposta abordagem "livre de valores" para as ciências sociais. Era de fato possível argumentar que a avaliação era a disciplina mais importante nas ciências sociais e começamos a pensar em maneiras de configurá-Ia como um assunto distinto. Sua distinção foi notável e a primeira coisa que  me fez sentir que precisávamos de uma disciplina organizada foi o fato de que, no final das contas, toda disciplina tinha um componente de avaliação: o processo de avaliação de hipóteses e metodologias, técnicas, programas de treinamento e publicações.


Em outras palavras, a questão não era se havia algum lugar para a avaliação entre as disciplinas respeitáveis, mas sim, seu lugar estava em todas as disciplinas, a fim de separar o que eu chamaria de "bom" do "ruim". Isto é, distinguir as boas teorias, hipóteses, amostras, bons desenhos experimentais daqueles menos bons e dos claramente inválidos. Isso foi feito com muito cuidado em quase todo texto ou monografia. A Ciência não poderia avançar sem isso.


Isso me levou a duas posições. A primeira, expressa na introdução à quarta edição em inglês, defendia principalmente que a avaliação é urna prática que acontece cm todas as disciplinas. E de fato o que eu chamo de transdisciplina, por direito próprio. Toda disciplina faz avaliação para se distinguir do que é mera pseudociência, história ruim ou teoria legal infundada etc. Longe de ser tratado como um assunto que deve ser mantido longe da ciência, era um assunto que realmente deveria ser estudado com bastante cuidado, já que a Ciência dependia dela. A falta de avaliação sistemática em novas teorias significava estar desenvolvendo uma pseudociência. No caso da astrologia e da parapsicologia malconduzida, foi por causa de
suas metodologias ruins que continuamos a recusar a admissão delas ao rol das grandes ciências. Então, o primeiro ponto que eu queria colocar na quarta edição do Avaliação: Um guia de conceitos era de que a avaliação é transdisciplinar; que é uma disciplina que faz parte de cada disciplina e precisa ser examinada com muito cuidado ao se desenvolver qualquer disciplina.


A segundo posição que foi evoluindo inclui outros pontos de vista da natureza da avaliação que são realmente interessantes, mas apenas desenvolvidos por mim após a publicação da 4a edição. Eles devem ser expandidos sob suas palavras-chave em uma futura edição. A primeira dessas novas ideias foi que não só a avaliação seria um elemento-chave em todas as disciplinas, e deveria ser realizada com muito cuidado e com considerável dificuldade, mas que o resultado dessa luta para definir o que conta como boa teoria dentro da astrobiologia ou educação ou prática era de fato a questão mais importante que as pessoas enfrentavam dentro de uma disciplina. Eu não estava mais defendendo a importância dela, já que a avaliação era amplamente utilizada em todas as disciplinas. 

Eu estava argumentando que se tratava da disciplina mais importante dentre todas as outras disciplinas, porque a vida e morte da disciplina como disciplina dependia de sua aplicação. Já que isso se baseia em aceitar e desenvolver teorias melhores, e não piores, ela agregou valor à conclusão. Então, apresentei a ideia de avaliação como a "disciplina alfa", o que significa a mais importante guardiã das chaves do reino.

Michael Scriven - Avaliação um guia de conceitos
Chianca e Mariana Ceccon Chianca. - 1. ed. - Rio de
Janeiro/ S;1o Paulo: Paz e Terra. 2018.

domingo, 2 de junho de 2019

AVALIAÇÃO - UM GUIA DE CONCEITOS - MICHAEL SCRIVEN

AvaliaçãoUm guia de conceitos

Escrito por Michael Scriven, um dos mais aclamados especialistas em Avaliação em todo o mundo, este livro oferece a profissionais e a estudantes um guia para entender os principais conceitos, acrônimos, processos, técnicas e listas de verificação no campo da avaliação. É a alternativa perfeita às pesadas e caras enciclopédias e também aos glossários sobre essa disciplina, que apresentam definições muito abreviadas. Esta edição brasileira de Evaluation Thesaurus – 4th edition reúne mais de 2 mil verbetes, que contêm informações sobre avaliação de pessoas, programas, teorias científicas, produtos, propostas, performance, e muito mais. Aborda também testes, utilizando itens de múltipla escolha, softwares de avaliação, estratégias para análise de dados, técnicas de grupos focais e metodologias para fazer controle de qualidade. A Avaliação é tratada aqui de forma inédita, indo muito além de sua aplicação em áreas específicas como educação, saúde ou filantropia. O autor indica soluções para dúvidas genéricas, conceitua os termos mais usados e esclarece sobre a linguagemde especialistas da área. Esta edição brasileira apresenta uma entrevista de Thomaz Chianca com o autor. Scriven dá detalhes sobre como se tornou uma das principais referências da Avaliação em todo mundo e reflete sobre o que acrescentaria numa possível nova edição.




A LEITURA RUMINANTE

A LEITURA RUMINANTE

Nietzsche escreve para além do bem e do mal. Escreve sobre o valor da vida. O que é 'moral' para ele é a preservação da vida. Tudo que o incapacita é 'imoral'. A transvaloração dos valores, não está baseada numa virtude religiosa, ou moral dicotômica herdada de Sócrates, Platão e Aristóteles, mas no homem que se torna forte pela vontade de viver e sobreviver. A vontade de potência é potência para vida. Mas como analisar os textos criados por essa dicotomia fraca do homem? Ruminando, desconstruindo, mastigando.  "Um crítico é um leitor que rumina. Ser-lhe-ia necessário ter vários estômagos". A leitura ruminante nos leva a experimentar uma interpretação para além da dicotomia moderna. Uma leitura baseada no exame aprofundado do texto. Para a gradação dos valores, numa variação das cores. Além do preto e do branco.  "A leitura ruminante é um dispositivo interpretativo, produtivo, proliferante e criador, não subordinado a tosca lógica do certo-errado nem a indecorosa procura de uma verdade 'por trás'; vincula-se, antes, ao perspectivismo, ao risco de se lançarem certas luzes e sombras sobre um texto dado, fazendo-o pivotar sobre si e produzir sentido." Maria Cristina Franco Ferraz - Nove Variações sobre temas nietzschianos

sábado, 1 de junho de 2019

The Past, Present and Future of Evaluation: Possible Roles for the University of Melbourne


The Past, Present and Future of Evaluation: Possible Roles for the University of Melbourne


O passado, o presente e o futuro da avaliação.
Michel Scriven é Doutor em Filosofia e uma das maiores autoridades em avaliação. Ele criou os termos Avaliação Formativa e Avaliação Somativa. Nessa palestra ele nos conduz aos primórdios da humanidade explicando que a técnica antecede a ciência, antes mesmo do homem desenvolver os métodos científicos, ele precisou criar artefatos, instrumentos e meios de sobrevivência. Ao qualificar aquilo que criava, se era bom ou ruim, ao verificar se determinada atividade estava certa ou errada, o homem nos seus primórdios estava avaliando. Scriven também fala sobre os princípios de não causalidade citando David Hume. Excelente entrevista no momento que Scriven também é homenageado pela Universidade Melbourne.


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