sábado, 12 de outubro de 2019

Abordagens da Avaliação

PROPOSTA DE CLASSIFICAÇÃO DAS ABORDAGENS DA AVALIAÇÃO
(Avaliação de Programas)

"Aqueles que publicaram propostas de classificação são numerosos demais para
citar aqui, mas alguns exemplos são Guba e Lincoln (1981); House (1983a);
Madaus, Scriven e Stufflebeam (1983); Popham (1975); Scriven (1993); Shadish
et al. (1991); Stake (1975b); e Worthen e Sanders (1973, 1987). Todos eles influen-
ciaram nosso pensamento sobre a categorização das abordagens da avaliação, mas nos baseamos principalmente em nosso próprio trabalho e no de House ao desenvolver o esquema apresentado adiante."


1. Abordagens centradas em objetivos, que se concentram na especificação de metas e
objetivos e na determinação da medida
foram atingidos.

2. Abordagens centradas na administração, em que о interesse central são a identificação e o atendimento das necessidades da informação dos administradores que tomam as decisões.

3. Abordagens centradas no consumidor, em que a questão central é fornecer informações avaliatórias sobre "produtos", definidos genericamente, para o uso de consumidores na escolha entre diferentes produtos, serviços e congéneres.

4. Abordagens centradas em especialistas, que dependem basicamente da aplicação
direta de conhecimentos especializados de profissionais para julgar a qualidade
de qualquer atividade que esteja sendo avaliada.

5. Abordagens centradas no adversário, em que a oposição planejada em termos de ponto de vista dos diferentes avaliadores (prós e contras) é o foco central da avaliação.

6. Abordagens centradas no participante, em que o envolvimento dos participantes
(interessados no objeto da avaliação) é crucial para determinar valores, critérios,
necessidades e dados da avaliação.

Fonte: Avaliação de Programas - Wortens Sanders - Ed USP





Pesquisa Qualitativa

A pesquisa qualitativa em geral:

a) É realizada em ambientes naturais, como escolas ou bairros;

 b)utiliza o pesquisador como o principal "instrumento" tanto da coleta quanto
da análise dos dados (...);

c) enfatiza a "descrição substantiva", isto é, obter dados "reais", "ricos", "profundos", que iluminem os tipos de ação do cotidiano e seu significado segundo o ponto de vista daqueles que estão sendo estudados (...);

d) tende a se concentrar mais nos processos sociais do que principal ou exclusivamente nos resultados;

e) emprega múltiplos métodos de coleta de dados, especialmente observações dos participantes e en-
trevistas; e

f) usa uma abordagem indutiva em relação à análise dos dados,
extraindo seus conceitos da massa de detalhes particulares que constituem
o banco de dados.

Referência Avaliação de Programas -  "O Livro Vermelho da Avaliação".


sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Palestra Zulmira Hartz: Avaliação dos Sistemas Nacionais de Saúde: Desafios e perspectivas

DESCRIÇÃO DO EVENTO

Zulmira Hartz
Licenciada em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1974), com graduação em Medicina pela FESO-Rio de Janeiro(1979),mestrado e doutorado em Saúde Comunitária pela Université de Montreal (1989 e 1993) e pós doutorado pela École Nationale de Santé Publique-France(1997). É pesquisadora titular de Epidemiologia da ENSP/Fiocruz (aposentada), onde coordenou os Programas de Mestrado e Doutorado em Saúde Pública (1994-1996), assumindo, posteriormente, a coordenação geral de pós graduação da Fundação Oswaldo Cruz ( 2002-2004) e as funções de professora convidada do Departamento de Medicina Social, da Universidade de Montréal (2004-2007), na qual permanece como pesquisadora associada ao Groupe de Recherche Interdisciplinaire en Santé (GRIS). Entre os cargos ocupados destacam-se a direção dos Departamentos de Doenças transmissíveis e de Epidemiologia, da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, e a vice-direção da Escola Nacional de Saúde Pública(Fiocruz). Consultora independente em avaliação de programas, políticas e sistemas de saúde, integrando também os grupos de pesquisa do CNPq- ?Avaliação da situação de processos endêmicos e programas de contrôle? (Ensp-Fiocruz) e ?Estudos de Gestão e Avaliação em Saúde?(GEAS/IMIP). Atualmente é sub-directora do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa (IHMT/UNL), professora associada e coordenadora da Unidade Curricular de Avaliação em Saúde no Programa de Doutoramento em Saúde Internacional.

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Atendimento especializado no Enem(Implementação)INCLUSÃO

Atendimento especializado no Enem(Implementação)INCLUSÃO
LEVANTAMENTO DE DADOS
Ao longo da história do Enem, o atendimento às diferentes necessidades dos participantes surdos e deficientes auditivos tem sido uma preocupação do Inep. Em 2017, o Instituto passou a oferecer a Videoprova em Libras e levou o tema “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil” para a redação, promovendo um amplo debate sobre o assunto.
Na edição de 2010, inscreveram-se 17.432 pessoas com deficiência e 9.867 pessoas com mobilidade reduzida (INEP, 2013). No biênio seguinte os inscritos com deficiência alcançaram, respectivamente, 21.873 e 25.107, perfazendo um aumento de 25,5%, entre 2010 e 2011, e de 14,8%, entre 2011 e 2012.
Nas edições de 2011 e 2012, tal como ocorreu em 2010, os recursos de acessibilidade mais solicitados na inscrição foram “sala de fácil acesso” e “prova ampliada”.
Ref.: Artigo POLÍTICA DE ACESSIBILIDADE E EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO (ENEM) http://www.scielo.br/pdf/es/v38n139/1678-4626-es-38-139-00453.pdf estudo da Universidade de São Carlos SP, financiado pelo CAPES.
COMO OBTER OS DIREITOS?
Além de comprovar as necessidades especiais por meio de laudos médicos, os candidatos também recebem ligações dos funcionários do Inep após a solicitação e o encerramento do prazo das inscrições, para confirmar o auxílio requerido e a necessidade de tempo extra, dependendo do tipo e do grau da deficiência.
https://enem.inep.gov.br/antes
DIFICULDADES
Professor da rede pública do Distrito Federal e doutorando em educação especial pela Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), Roger Pena pontua que, apesar de todos os recursos oferecidos pelo exame, parte dos candidatos com deficiência acaba esbarrando na falta de informação. “Muitas vezes, a pessoa com deficiência não tem a clareza de que ela tem direitos de acessibilidade no Enem, nas próprias universidades e em outras políticas.” https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-estudante/enem...
TREINAMENTO E RECURSOS
Participam da aplicação das provas:
Pessoal treinado e capacitado
Ledores e Transcritores.
Intérpretes de LIBRAS.
Material audiovisual.
Provas ampliadas.
Provas em braile.
Mobiliário acessível.
Horário extra 1h ou 2h.
INCLUSÃO X ACESSIBILIDADE
Não podemos confundir inclusão com acessibilidade. Inclusão é um conceito muito maior, de garantir oportunidades para um grupo que, historicamente, é excluído de políticas públicas, e acesso à educação. Quando você trabalha com acessibilidade, o que está garantindo são alguns recursos, para que essa pessoa realize um exame, trabalhe ou vá a escola. O fato de garantir acessibilidade não é garantir inclusão. Incluir é aceitar o outro que é diferente e precisa de uma abordagem diferente.
Mais instituições deveriam seguir este bom exemplo e aperfeiçoá-lo.
Prof. Márcio Ruben

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