terça-feira, 4 de setembro de 2018

Uma tragédia sem precedentes!

Uma tragédia sem precedentes é o incêndio no Museu Nacional na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Seu presente de 200 anos foram cortes orçamentários que levaram à completa destruição de 20 milhões de peças. O museu mais antigo do país, onde funcionou a sede da Monarquia, foi abaixo pela irresponsabilidade de como as autoridades vêm tratando a memória histórica e o conhecimento. Perdemos um acervo histórico, arqueológico, antropológico, etnográfico e de História Natural respeitável internacionalmente. Tínhamos a maior coleção egípcia da América Latina, com múmias intactas dentro de seus sarcófagos. Acervo africano, americano pré-colombiano, grego, mediterrâneo, do Brasil pré-histórico e fósseis até mesmo da mais antiga brasileira já encontrada: Luzia. Havia ainda animais desde a explosão cambriana, dinossauros, a megafauna do pleistoceno, como a preguiça gigante e até mesmo milhares de borboletas. Perdemos uma biblioteca insubstituível, com obras raríssimas como os livros da expedição de Napoleão no Egito e o diário de viagem de Dom Pedro II às pirâmides e a Luxor. Pesquisas em andamento viraram pó. A memória e a ciência brasileira e mundial estão em luto. Uma dor irreparável! Que nestas eleições, haja um compromisso dos políticos com a memória, a história e a ciência. Minha solidariedade a todos os trabalhadores e pesquisadores.

Prof. Thomas de Toledo, doutorando em Arqueologia pelo MAE/USP

Lev Vygotsky - Prof. Marta Kohl


Lev Vygotsky




Lev Semyonovich Vygotsky (em russo Лев Семёнович ВыготскийtransliteraçãoLev Semyonovich Vygotskij, sendo o sobrenome também transliterado como VigotskiVygotski ou VygotskyOrsha17 de novembro de 1896 – Moscou11 de junho de 1934), foi um psicólogo, proponente da Psicologia cultural-histórica.
Pensador importante em sua área e época, foi pioneiro no conceito de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida. Veio a ser descoberto pelos meios acadêmicos ocidentais muitos anos após a sua morte, que ocorreu em 1934, por tuberculose, aos 37 anos.

Biografia

Filho de uma próspera família judia, formou-se em Direito pela Universidade de Moscou em 1918. Durante o seu período acadêmico estudou simultaneamente Literatura e História na Universidade Popular de Shanyavskii [3].
No ano de seu bacharelado em Direito (1918), retornou para Gomel, onde antes lecionava. Seis anos mais tarde, em 1924, aos 28 anos de idade, desposou Roza Smekhova, com quem teve duas filhas. Ainda em Gomel, ministrou um curso de Psicologia no "Instituto de Treinamento de Professores" onde implantou um laboratório de Psicologia. Sua formação em psicanálise foi omitida por conta das perseguições de Stalin, que considerava as teorias de Sigmund Freud (1856-1939) uma ideologia burguesa. Ainda em 1918 ele fundou uma editora e publicou uma revista literária.
Apesar de sua formação em Direito, destacou-se em sua época por suas críticas literárias e análises do significado histórico e psicológico das obras de Arte, trabalhos que posteriormente foram incorporados no livro "Psicologia da Arte", escrito entre 1924 e 1926, incluindo naturalmente a tese de doutorado sobre Psicologia da Arte, que defendeu em 1925[4]. O seu interesse pela Psicologia levou-o a uma leitura crítica de toda produção teórica de sua época, nomeadamente as teorias da "Gestalt", da Psicanálise e o "Behaviorismo", além das ideias iniciais do epistemólogo e psicólogo suíço Jean Piaget. As obras desses autores são citadas e comentadas em seus diversos trabalhos, tendo escrito prefácios para algumas das suas traduções ao idioma russo.
Tendo vivido a Revolução Russa de 1917, bem como estudado as obras de Karl Marx e Friedrich Engels, a partir das proposições teóricas do materialismo histórico propôs a reorganização da Psicologia, antevendo a tendência de unificação das Ciências Humanas no que denominou como "psicologia cultural-histórica".
Entre os seus trabalhos de campo incluem-se: às populações camponesas isoladas de seu país, fazendo testes neuropsicológicos entre as aldeias nômades do Uzbequistão e do Quirguistão (Ásia Central), antes e depois do realinhamento cultural e sócio-econômico da revolução socialista, que incluía alfabetização, cursos rápidos de novas tecnologias, organização de brigadas, fazendas coletivas e outros, como descreve Alexander Luria em seu ensaio sobre diferenças culturais e o pensamento[5].
A experiência vivida na formação de professores levou-o ao estudo dos distúrbios de aprendizagem e de linguagem, das diversas formas de deficiências congênitas e adquiridas, a exemplo da afasia. Complementando a sua formação para estudo da etiologia de tais distúrbios, graduou-se em Medicina retomando o curso iniciado e substituído por Direito em Moscou e retomado e concluído em Kharkov. O seu interesse em Medicina estava associado à manutenção do grupo de pesquisa (troika) de neuropsicologia com Alexander Luria e Alexei Nikolaievich Leontiev. As suas principais contribuições à defectologia estão reunidas no livro "Psicologia Pedagógica".
Graças a uma conferência proferida no "II Congresso de Psicologia" em Lenigrado, foi convidado a trabalhar no Instituto de Psicologia de Moscou. Seu interesse simultâneo pelas funções mentais superiores, cultura, linguagem e processos orgânicos cerebrais pesquisados por neurofisiologistas russos com quem conviveu, especialmente Luria e Leotiev, em diversas contribuições no "Instituto de Deficiências de Moscou", na direção do departamento de Educação (especial) do Narkompros, entre outros institutos, além das publicações sobre o tema, encontram-se reunidos em "A Formação Social da Mente", onde aborda os problemas da gênese dos processos psicológicos tipicamente humanos, analisando-os desde a infância à luz do seu contexto histórico-cultural.
Após sua morte, suas ideias foram repudiadas pelo governo soviético. No entanto, seus alunos as preservaram para a posteridade.[3]

A Influência Socialista e interrupção da sua Proposição Teórica

Vygotsky é o grande fundador da escola soviética de psicologia histórico-cultural. Era necessário, na época, a construção de uma ponte que ligasse a psicologia "natural", mais quantitativa, à psicologia "mental", mais subjetiva. Retornou a Moscou em 1924, envolvido em vários projetos.
Apesar da vida curta, foi autor duma obra muito importante, junto com Alexander Luria e Alexei Leontiev – responsáveis pela disseminação dos textos de Vygotsky, muitos deles destruídos com a ascensão de Stálin ao Kremlin. Devido à censura soviética, seus trabalhos ganharam dimensão há pouco tempo, inclusive dentro da Rússia. No Ocidente, a primeira tradução de um livro seu, Pensamento e Linguagem, foi lançada em 1962 nos Estados Unidos.
Os seus primeiros estudos foram voltados para a psicologia da arte. Extremamente culto, tinha entre seus amigos o grande cineasta Sergei Eisenstein, admirador de seu trabalho. Suas proposições para análise da obra de arte fazem um contraponto com a teoria psicanalítica e estudos da mitologia (fábulas), linguística e poética dos formalistas russos (1915-1920), sendo considerado pioneiro no que se refere ao moderno estudo da arte literária. É possível que as restrições à suas obras, pelo governo stalinista estejam associadas à censura da psicanálise naquele país, a exemplo da perseguição e fechamento, em 1926, da clínica psicanalítica para crianças de Sabina Spielrein (1885-1942), uma psicanalista formada por C. G. Jung.
Para Rego 2007 a proibição da edição das suas obras na União Soviética, entre 1936 e 1956, iniciou-se com a identificação deste como idealista, a partir das suas críticas à utilização das teorias de Pavlov quanto às potencialidades de condicionamento ambiental. Vygotskiy, apesar de concordar com a ideia da plasticidade do homem face a cultura, argumentava com a cúpula do regime estalinista sobre a capacidade humana de criar seu ambiente dando origem a novas formas de consciência e (ou) organização. Somente com o fim da censura do totalitário regime stalinista que começou a ser redescoberto iniciando-se pela publicação de seu clássico Pensamento e linguagem.
O contexto em que viveu Vygotsky ajuda a explicar o rumo que seu trabalho iria tomar. As suas ideias foram desenvolvidas na União Soviética criada pela Revolução Russa de 1917 e refletem o desejo de reescrever a psicologia, com base no materialismo marxista. O projeto ambicioso e a constante ameaça da morte (a tuberculose manifestou-se desde os 19 anos de idade e foi responsável por sua morte prematura) deram ao seu trabalho, abrangente e profundo caráter de urgência.
Hoje sabemos quanto foi fundamental para o desenvolvimento da psicologia, em especial na União Soviética, o diálogo que esse pensador estabeleceu com a teoria marxista da sociedade. As concepções de Engels sobre o trabalho humano e uso de instrumentos como os meios pelos quais o homem transforma a natureza, transformando a si mesmo numa perspectiva da evolução das espécies. Somada às contribuições de Karl Marx sobre as influências das mudanças históricas da sociedade e da vida material na consciência e comportamento humano que são retomados e utilizados na compreensão de um dos principais problemas propostos por Wilhelm Wundt (1832-1920) para a psicologia: o estudo da consciência incluindo a percepção de estímulos e os comportamentos complexos descritos na sua Psicologia dos povos (Volkerpsychologie).
É a partir do conceito marxista de ideologia que faz uma de suas principais críticas às proposições de Wundt para o estudo da linguagem, mitologia, arte, religião, costumes e leis, que para ele é o estudo da ideologia e não do psiquismo social – ou capacidade de vida social do ser humano, esse animal político (zoon politicon) da proposição aristotélica citada por Marx. Para Vygostky, porém, não se pode reduzir esse estudo à gênese das ideologias a partir da economia política (o que foi entendido como críticas ao marxismo) nem propor uma oposição entre o social e individual, como se fazia para diferenciar a psicologia das demais ciências sociais. A psique é sempre efetivamente social e efetivamente construída. A oposição social × individual deve ser substituída por individual e coletiva, entendendo por coletivo as contribuições do indivíduo à coletividade (histórica, cultural, institucional), como pode ser visto na história da arte, o seu caráter intersubjetivo (interpessoal), entendendo a psicologia social como psicologia diferencial, cuja meta é identificar as diferenças individuais em indivíduos particulares, concordando com Biékhtieriev quanto a reflexologia do indivíduo particular e a reflexologia coletiva, onde obtêm-se os produtos sociais da atividade correlata de tais indivíduos.[6]
Tais proposições e problemas foram desenvolvidos a partir de proposta metodológica própria e aplicações práticas, na análise interpretação das obras de arte e na educação e reabilitação de danos neurológicos, por Vygotsky, ao contrário dos demais teóricos de sua época, na demonstração de como a cultura torna-se parte da natureza humana de cada pessoa através das funções psicológicas que simultaneamente são resultado da atividade cerebral. Segundo ele, esse método de estudo era denominado psicologia cultural-histórica ou instrumental[5].
Por outro lado, a defectologia, com sua análise das diversas causas das deficiências mentais e sensoriais, a especial contribuição que trouxe com a noção de sistema funcional para localização cerebral das atividades no sistema nervoso, revelam seu interesse na neurociência e continuidade da obra de Ivan Petrovich Pavlov (1849-1929), prêmio Nobel(1904) de neurofisiologia, com o início da teoria dos reflexos condicionados, inibições e atividade nervosa superior. O que a escola de Vygotsky dera continuidade. Alexander Luria, em um artigo sobre seu mestre e amigo Vygotsky, referindo-se ao interesse comum de ambos pela neurologia e ao curso que realizavam na faculdade de medicina, lamenta perder o amigo nesse caminho de médico que o tempo não lhe permitira trilhar[7]. Vygotsky morreu de tuberculose antes de completar 38 anos, deixando uma extensa e complexa obra, contudo inacabada, especialmente quanto aos aspectos neuropsicológicos, incluindo a produção conjunta com Alexander Luria.

A Linguagem, a Aprendizagem e os Instrumentos Psicológicos

Instrumentos Simbólicos

Para Vygotsky, os signos, a linguagem simbólica desenvolvida pela espécie humana, têm um papel similar ao dos instrumentos, pois tanto os instrumentos de trabalho quanto os signos são construções da mente humana, que estabelecem uma relação de mediação entre o homem e sua realidade. Por esta similaridade, Vygotsky denominava os signos de instrumentos simbólicos, com especial atenção à linguagem, que para ele configurava-se num sistema simbólico fundamental em todos os grupos humanos e elaborado no curso da evolução da espécie e de sua história social.
Um de seus derradeiros trabalhos, História do desenvolvimento das funções nervosas superiores, 1960, estuda os remanescentes de antigas formas de comportamento que o homem moderno conservou, incluindo-as no sistema de outras formas (superiores) de comportamento.

A Linguagem

linguagem é uma espécie de ferramenta (sendo que, aqui, ferramenta é entendida como uma construção social), capaz de transformar decisivamente os rumos de nossa atividade, e a organização das funções psicológicas superiores (memória, atenção, pensamento). Assim, o indivíduo, ao apropriar-se da linguagem da cultura em que está inserido, altera qualitativamente seu modo de pensar, de perceber o mundo, de memorizá-lo, etc. Por isso, a linguagem tem um ponto central na teoria de Vygotsky, uma vez que, sem ela, o desenvolvimento propriamente humano não ocorreria.
Para Vygotsky, no desenvolvimento infantil, a capacidade de utilização de instrumentos ou inteligência prática tem uma origem anterior à capacidade de falar, e foram tratados por ele como processos separados e simultâneos. No seu livro "A formação social da mente" (p.11 ed. 2008) observa-se que, apesar da possibilidade de estes sistemas operarem independentemente na criança pequena, no adulto eles mantêm uma unidade dialética, e se constituem como uma verdadeira essência do comportamento humano complexo. O autor atribui à atividade simbólica uma função organizadora específica: "que invade o processo de uso do instrumento e produz formas fundamentalmente novas de comportamento" (Vygotsky, 1999 op.cit.).
As suas pesquisas sobre aprendizagem tiveram maior enfoque na Pedagogia. Os processos de desenvolvimento despertaram-lhe a atenção, e sempre procurou o aparecimento de novas formas de organização psicológica, ao invés de reduzir a estrutura de aprendizagem a elementos constitutivos.
Na área educacional, a influência de Vygotsky também vem crescendo cada vez mais, dando origem a experiências mais diversas. Não existe um método Vygotsky. Como Piaget, o psicólogo bielorrusso é mais uma fonte de inspiração do que um guia para os pedagogos.

Aprendizagem[editar | editar código-fonte]

As obras de Vygotsky incluem alguns conceitos que se tornaram incontornáveis na área do desenvolvimento da aprendizagem. Um dos conceitos mais importantes é o da Zona de desenvolvimento proximal, que se relaciona com a diferença entre o que a criança consegue realizar sozinha (zona de desenvolvimento real) e aquilo que é capaz de aprender e fazer com a ajuda de uma pessoa mais experiente (zona de desenvolvimento potencial), representado por um adulto, uma criança mais velha ou com maior facilidade de aprendizado. A Zona de Desenvolvimento Proximal é, portanto, tudo o que a criança pode adquirir em termos intelectuais quando lhe é dado o suporte educacional devido. Este conceito será, posteriormente desenvolvido por Jerome Bruner, sendo hoje designado por etapa de desenvolvimento.
Outra contribuição vygotskiana de grande importância foi a relação que estabelece entre pensamento e linguagem, desenvolvida no seu livro "Pensamento e Linguagem". Entre suas contribuições a esse tema destaca-se a formação de conceitos, ao qual dedica dois capítulos do referido livro, e a compreensão das funções mentais enquanto sistemas funcionais, sem localização específica no cérebro, órgão de grande plasticidade e dinâmica, variando ao longo da história da humanidade e do desenvolvimento individual. Esta concepção foi posteriormente bem-desenvolvida e bem-demonstrada do ponto de vista neuropsicológico por seu discípulo e colaborador A. R. Luria.
Como bom marxista que domina os princípios da lógica e da dialética pós Hegel (1770-1831), o conceito de síntese também pode ser encontrado largamente na sua obra. O autor define a síntese não apenas como a soma ou a justaposição de dois ou mais elementos, e sim como a emergência de um produto totalmente novo gerado a partir da interação entre elementos anteriores.
Vygotsky particulariza o processo de ensino e aprendizagem na expressão "obuchenie", uma expressão própria da língua russa que coloca aquele que aprende e aquele que ensina numa relação interligada (que deu vezo para a criação da teoria da Experiência da Aprendizagem Mediada - EAM). A ênfase em situar quem aprende e aquele que ensina como partícipes de um mesmo processo corrobora outro conceito-chave na teoria de Vygotsky, a mediação, como um pressuposto da relação eu-outro social. A relação mediatizada não se dá necessariamente pelo outro corpóreo, mas pela possibilidade de interação com signos, símbolos culturais e objetos. Um dos pressupostos básicos desse autor é que o ser humano constitui-se enquanto tal na sua relação com o outro. Para Vygotsky, a aprendizagem relaciona-se ao desenvolvimento desde o nascimento, sendo a principal causa para o desabrochar do desenvolvimento do ser.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lev_Vygotsky, Acessado em 04/09/2018.

domingo, 2 de setembro de 2018

4ª revolução industrial ou Indústria 4.0.

Uma revolução industrial é caracterizada por mudanças abruptas e radicais, motivadas pela incorporação de tecnologias, tendo desdobramentos nos âmbitos econômico, social e político. Segundo teóricos, o mundo passa por uma transição de época e estaria no início da 4ª revolução industrial ou da chamada Indústria 4.0. O desenvolvimento e a incorporação de inovações tecnológicas vão mudar radicalmente o mundo como o conhecemos e moldar a indústria dos próximos anos.
No final do século 17 foi a máquina a vapor. Desta vez, serão os robôs integrados em sistemas ciberfísicos os responsáveis por uma transformação radical. E os economistas têm um nome para isso: a quarta revolução industrial, marcada pela convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas.
"Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes", diz Klaus Schwab, autor do livro A Quarta Revolução Industrial, publicado este ano.

Os "novos poderes" da transformação virão da engenharia genética e das neurotecnologias, duas áreas que parecem misteriosas e distantes para o cidadão comum.


No entanto, as repercussões impactarão em como somos e como nos relacionamos até nos lugares mais distantes do planeta: a revolução afetará o mercado de trabalho, o futuro do trabalho e a desigualdade de renda. Suas consequências impactarão a segurança geopolítica e o que é considerado ético.


A produção cientifica - Epistemologia da Pesquisa em Educação

A produção cientifica deve ser entendida tanto como produção social, influenciada pelas condições históricas, quanto como impulso renovador destas mesmas condições. Aplicando-se isto à educação, significa que a prática da pesquisa educacional traz em si a marca da realidade sócio-histórica, mas também que é chamada a contribuir para a melhoria desta realidade. Neste sentido, os trabalhos científicos não devem apenas ser analisados como fatos decorrentes e inseridos em determinadas circunstâncias mas também devem ter seus resultados avaliados à luz de necessidades e objetivos sociais. A análise das teses e dissertações não se esgota na constatação positivista de suas características epistemológicas, mas deve avançar para o esclarecimento da ligação entre a prática cientifica e a vida, as necessidades e atividades do homem. Não importa apenas perguntar o que foi a produção cientifica num determinado período, senão que é fundamental averiguar qual sua pertinência e significado para o desenvolvimento social. (Pedro Goergen - Prefácio livro Epistemologia da Pesquisa em Educação -Sílvio Sánchez Gamboa)

O novo gestor de pessoas! Mário Sérgio Cortella


O novo gestor de pessoas! Mário Sérgio Cortella




Entrevista com Mário Sérgio Cortella, filósofo, professor, consultor, que fala sobre o novo gestor de pessoas que interessa às organizações. Ele é autor do livro "Vida e Carreira: um Equilíbrio Possível?", em parceria com Pedro Mandelli.


Livro digital sobre Marketing! Distribuição Livre!

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SITE DO MEC.GOV

1.1 O que é Marketing?

A palavra marketing é originária do inglês.
Market = Mercado
Ing = Sufixo que significa gerúndio, então uma ação.
Market + Ing = Mercado + ação.
Logo:
Marketing = Mercado em ação.
Segundo a AMA (American Marketing Association), marketing é uma função
organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a
comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração
do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e seu
público interessado.
O marketing foi criado para atender às necessidades do mercado, envolvendo
a satisfação pessoal e empresarial. Nada mais é do que uma forma de
promover pessoas, produtos e serviços. Os novos produtos necessitam de
compradores, assim como uma empresa precisa de novos clientes.
Podemos então dizer que o marketing se baseia no estudo do mercado e
suas técnicas são aplicadas em diversas áreas e estão presentes em nosso
cotidiano.
O estudo do mercado surgiu da necessidade dos industriais de administrar a
nova realidade, originária da Revolução Industrial, que causou uma transformação
de um mercado de vendedores para um mercado de compradores.
Mas nessa época as empresas fixavam seus objetivos apenas na maximização
dos lucros, não importando os métodos utilizados para cumprir tal meta.
Os consumidores não conseguiam negociar, pois a concorrência era praticamente
inexistente. (BAIXE O LIVRO)

O que é Filosofia?

O que é Filosofia?
Platão definia a Filosofia como um saber verdadeiro que deve ser usado
em beneficio dos seres humanos. No mito da caverna de Platão é, em primeiro lugar, a saída da caverna e a observação das coisas reais e do princípio da sua vida e da sua cognoscibilidade, isto é, do Sol (e, em segundo lugar, o retorno à caverna e a participação nas obras e nos valores próprios do mundo humano. Rep., 519 c-d).
Descartes dizia que a Filosofia é o estudo da sabedoria, conhecimento
perfeito de todas as coisas que os humanos podem alcançar para o uso da vida, a conservação da saúde e a invenção das técnicas e das artes .
Kant afirmou que a Filosofia é o conhecimento que a razão adquire de si
mesma para saber o que pode conhecer e o que pode fazer, tendo como finalidade a felicidade humana.
Marx declarou que a Filosofia havia passado muito tempo apenas
contemplando o mundo e que se tratava, agora, de conhecê-lo para transformá-lo,
transformação que traria justiça, abundância e felicidade para todos.
Merleau-Ponty escreveu que a Filosofia é um despertar para ver e mudar
nosso mundo.
Espinosa afirmou que a Filosofia é um caminho árduo e difícil, mas que
pode ser percorrido por todos, se desejarem a liberdade e a felicidade.
"a análise crítica dos conceitos fundamentais da pesquisa humana, a
discussão. normativa de como o pensamento e a ação humanos devem funcionar, e a
descrição da natureza da realidade" N. Geisler
A palavra filosofia
A palavra filosofia é grega É composta por duas Outras: philo e sophia. Philo
deriva-se de philia, que significa amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais.
Sophia quer dizer sabedoria e dela vem a palavra sophos, sábio.
Filosofia significa, portanto, amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber.
Filósofo: o que ama a sabedoria tem amizade pelo saber, deseja saber.
Assim, filosofia indica um estado de espírito, o da pessoa que ama, isto é, deseja o conhecimento, o estima, o procura e o respeita.

Avaliação de desempenho - ABRAPP

Avaliação de desempenho -  ABRAPP
1. O que é uma avaliação de desempenho?
• Análise regular e sistemática do desempenho de cada colaborador, comparado com as tarefas que executa, com as metas e resultados pretendidos e com o seu potencial de desenvolvimento. • Ferramenta que facilita e organiza a apreciação do valor, anali-sando os pontos fortes e fracos de uma pessoa e permitindo que se verifique, sobretudo, qual é a sua contribuição atual e potencial para a empresa.

2. O que objetiva uma avaliação de desempenho?
• Identificar pontos de melhoria de gestores e colaboradores.
• Integrar as pessoas à empresa.
• Adequar as pessoas aos cargos.
• Identificar discrepâncias ou carências de treinamento e estabelecer meios e programas para reduzi-las ou eliminá-las.
• Melhorar a qualidade do trabalho e da vida dentro da empresa.

3. O uso da avaliação - Por que avaliar ?
• Para deixar claro aos colaboradores o que a entidade e seus gestores esperam e valorizam em seus profissionais e o que pensam a respeito de seu rendimento.
• Subsidiar a política de carreira e remuneração nas situações de promoções, transferências e dimensionamento de quadro, integran-do os processos de RH com as estratégias da entidade.
• Dar feedback aos colaboradores de como estão se saindo no trabalho e sugerir as mudanças necessárias, tanto no comporta-mento e atitudes, quanto nas habilidades ou conhecimentos.
• Identificar pontos fortes e aspectos a desenvolver de cada colaborador, fornecendo dados para a determinação de ações de desen-volvimento pessoal e profissional.
• Reforçar a comunicação entre gestores e colaboradores, motivando, orientando, acompanhando e dando um feedback sobre o seu desempenho. ABRAPP
Baixe aqui Guia de avaliação de desempenho

Saber escutar - Paulo Freire

Os sistemas de avaliação  pedagógica de alunos e de professores vêm  se assumindo cada vez mais como discursos verticais, de cima  para baixo, mas insistindo em  passar por democráticos. A questão que se coloca a nós, enquanto professores e alunos críticos e amorosos da liberdade,  não é, naturalmente, ficar contra a avaliação,  de resto necessária, mas resistir aos métodos silenciadores com  que ela vem  sendo às  vezes realizada. A questão que se coloca a nós é lutar em  favor  da compreensão e da prática da avaliação enquanto instrumento de apreciação  do que fazer  de sujeitos críticos a serviço, por isso mesmo, da libertação e não da  domesticação. Avaliação em  que se estimule o falar a como  caminho do falar com. No processo  da fala e da escuta a disciplina do silêncio a ser assumido com  rigor e a seu tempo pelos sujeitos que falam  e escutam  é  um sine qua da comunicação dialógica. O primeiro sinal de que o sujeito que fala sabe  escutar é a demonstração de sua capacidade de controlar não só a necessidade de dizer  a sua palavra, que é um  direito, mas também o gosto pessoal, profundamente respeitável, de  expressá-la. Quem  tem  o que dizer tem igualmente o direito e o dever de dize-lo.  É preciso, porém,  que quem  tem  o que dizer saiba, sem  sombra de dúvida, não ser o único ou a única a ter o que dizer. Mais ainda, que o que tem  a dizer não é necessariamente,  por mais importante que seja, a verdade alvissareira por todos esperada. É preciso que quem  tem  o que dizer saiba, sem  dúvida nenhuma, que, sem  escutar o que quem  escuta tem  igualmente a dizer, termina por esgotar a sua capacidade de dizer por muito  ter dito sem  nada ou quase nada ter escutado. Por isso é que, acrescento, quem  tem  o que dizer deve assumir o dever de motivar, de desafiar quem escuta, no sentido de que, quem  escuta diga, fale, responda. É intolerável o direito que se dá a si mesmo o educador autoritário de comportar-se como proprietário da verdade de que se apossa  e do tempo próprio  pois o tempo de quem  escuta é o seu, o tempo de sua fala. Sua fala, por isso mesmo, se dá num  espaço silenciado e não num espaço com ou sem  silêncio. Ao contrário, o espaço do educador democrático, que aprende a falar escutando, é cortado pelo silêncio intermitente de quem, falando, cala para escutar a quem,  silencioso, e não silenciado, fala. A importância do silêncio no espaço da comunicação é fundamental. De um  lado, me proporciona que, ao escutar, como  sujeito  e não como  objeto, a fala comunicante de alguém  , procure  entrar no movimento interno do seu pensamento, virando linguagem, de outro, torna possível a quem  fala, realmente comprometido com  comunicar e não fazer puros comunicados, escutar a indagação,  a dúvida, a criação  de quem  escutou. Fora disso, fenece a comunicação.

Foucault - Microfísica do Poder.

"a verdade não existe fora do poder ou
sem o poder (não é — não obstante um
mito, de que seria necessário
estabelecer a história e as funções — a
recompensa dos espíritos livres, o filho
das longas solidões, o privilégio
daqueles que souberam se libertar). A
verdade é deste mundo, ela é produzida
nele graças a múltiplas coerções e nele
produz efeitos regulamentados de
poder. Cada sociedade tem seu regime
de verdade, sua «política geral» de
verdade: isto é, os tipos de discurso que
ela acolhe e faz funcionar como
verdadeiros; os mecanismos e as
instâncias que permitem distinguir os
enunciados verdadeiros dos falsos, a
maneira como se sancionam uns e
outros; as técnicas e os procedimentos
que são valorizados para a obtenção da
verdade; o estatuto daqueles que têm o
encargo de dizer o que funciona como
verdadeiro." (MP:12)
Michel Foucault


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