A VALORIZAÇÃO DA VIDA

 

A VALORIZAÇÃO DA VIDA

Márcio Ruben*

Quando o raciocínio vai além dos valores morais? Nietzsche, o filósofo dinamite, intempestivo, da morte de Deus nos fala de algo além do bem e do mal. É fácil taxar de bonzinho ou mau aquele que a sociedade e ele mesmo ficou a margem da lei ou próximo. Mas houve uma tentativa de melhorar, de capacitar tal indivíduo? Não é questão moral, é questão de capacitação. A transvaloração de valores, o além-do-homem é o homem que cresce com as adversidades, em Psicologia chama-se resiliência.  Para Nietzsche os pré-socráticos que sabiam buscar na cosmologia a essência, a transformação das coisas como Heráclito ou a permanência como Parmênides. O raciocínio dá importância até ao superficial e efêmero. O dançar em Nietzsche é a vitalidade, a vontade de potência. Se há moral em Nietzsche é a preservação da vida, é viver e viver. O que a avaliação e a tecnologia têm em comum é esta preocupação nietzschiana com a vida, essa vontade de potência, esse impacto profundo nos indivíduos. Esse impacto positivo. Essa autonomia freireana, baseada na dignidade, na autonomia do educando. 

*Márcio Ruben é especialista em Filosofia, graduado em Avaliação e formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas.  Trechos do seu livro O CONCEITO FILOSÓFICO DA AVALIAÇÃO E DA INFORMAÇÃO

O CAMINHO E A PROFUNDIDADE DA AVALIAÇÃO: O PROJETO.

 O CAMINHO E A PROFUNDIDADE DA AVALIAÇÃO: O PROJETO.

MÁRCIO RUBEN*

A Grande Pegada é uma metáfora sobre os resultados de uma avaliação. Nos programas de intervenção social, como eles afetam os atores envolvidos. Quais impactos esses projetos alcançam? Precisam ter profundidade, extensão, amplitude, quantidade, direção e localização. A profundidade da pegada é a importância do  efeito sobre cada indivíduo envolvido no projeto. Vê-se a profundidade do impacto. A amplitude da pegada nos diz sobre a quantidade de pessoas afetadas pelo projeto, até mesmo aqueles afetados indiretamente. A extensão da pegada é a duração do projeto, dos seus efeitos, inclusive do apoio e permanência do mesmo. A quantidade de pegadas nos diz sobre a quantidade de pessoas afetadas e quantidade de vezes que o programa é replicado pelos responsáveis e pelos afetados. A direção da pegada está relacionada ao progresso do projeto: para frente e seus benefícios ou para trás e seus impactos não esperados, negativos. Refere-se também se o projeto está alcançando seus objetivos esperados positivamente. A direção expressa a implementação do projeto. A localização da pegada nos mostra se o solo é bom ou ruim. Se o solo for rochoso, as pegadas não serão profundas. Os recursos do do projeto dificilmente serão utilizados se não houver interesse, falta de envolvimento ou de esforços dos atores envolvidos. Deve-se buscar maior envolvimento e eficiência na vida e implementação do projeto. Maior compartilhamento e utilização dos seus recursos. A metáfora da grande pegada pode também relacionar ao andar em círculo e não caminhar em frente, ao tropeçar e torcer o tornozelo, isto é, o projeto não conseguir andar, ou ao andar para frente e para trás, se não alcançar seus objetivos. A Grande Pegada, quando tem sucesso e êxito, demonstra que o impacto do projeto foi positivo e pode ser repetido, ampliado e duradouro. 

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*Márcio Ruben é Especialista em Filosofia, graduado em Avaliação e formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. 

Contato: marciorbj@hotmail.com 

A avaliação e a Ciência da Informação

 A avaliação e a Ciência da Informação 

Márcio Ruben*

O que é avaliar? Para Sócrates seria a resposta a um processo conduzido por perguntas e respostas com o objetivo da verdade. Sócrates dá o nome desse processo de maiêutica, parto das ideias. Platão utilizou-se da dialética, o desesquecimento, isto é, o retorno às ideias eternas. Em um movimento de vai é vem, de contradições com escopo da verdade. No mundo atual em Ciência da Informação verdade é a busca do algoritmo perfeito, da busca incansável de se e então ou se que não hajam falhas, com um conjunto de dados que produzem a informação confiável, disponível aos níveis de necessidades e prioridades. A disponibilidade dos dados é uma questão de segurança da informação. Acesso rápido aos dados, preocupação dos Centros de Processamento de Dados, Big Datas. Como avaliar esses dados? Scriven, o professor que há anos trabalha com avaliação, o grande guru da avaliação nos dias de hoje, nos conduz a uma análise sem parcialidade, baseado em métodos confiáveis, de acordo com o objeto a ser avaliado. Envolve pesquisa “ A avaliação é uma ciência, pois possui métodos, regras. Segue valores, não é uma ciência livre de valores. Ética e moral exigem juízo de valor. Avaliar é julgar, avaliar é ver que a ética é uma política do bem-estar, base de igualdade dos direitos das pessoas. Há uma questão ética se, logo no início, a avaliação deveria ser feita, segue um objetivo honesto e arbitrário. A avaliação não depende exclusivamente da expertise do avaliador, mas da sua sagacidade, preparo e consideração ética e moral. Depende de sua equipe e olhar consciente.  “De modo geral, o problema em avaliação primeiro é identificar valores relevantes.” SCRIVEN em seu livro Avaliação: Um  Guia  de  Conceitos. 

Aristóteles afirma em seu livro Arte Retórica e Poética que algo pode ser feito sem cuidado e ciência, mas é muito mais proveitoso e seguro se for feito com Ciência e conhecimento. O criador do silogismo tinha razão. Até Descartes, criador do método da dúvida metódica, venceu a crença ou  ceticismo cego. Em informática o resultado deve ser extremamente confiável. Muitas vezes na tecnociência são vidas que dependem da informação. Hoje com o uso de hardware, sensores e software simples na Internet das Coisas, IoT  pode se monitorar e avaliar muita coisa de maneira confiável.  Na ciência a busca da exatidão e da confiabilidade se aproxima da busca da verdade socrática. 

*Márcio Ruben é especialista em Filosofia, formado em Gestão de Avaliação e formando em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. 

Palestra Eleições 2022 UERJ.

 

Josué Medeiros é professor Adjunto do Departamento de Ciência Política do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS-UFRJ) e membro do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (PPGCS-UFRRJ). Atua nos seguintes eixos: crise da democracia e neoliberalismo; políticas públicas; partidos políticos, sindicatos e movimentos sociais brasileiros e latino-americanos. É coordenador do Núcleo de Estudos sobre a Democracia Brasileira (NUDEB) da UFRJ e pesquisador de Laboratório de Eleições, Partidos e Política Comparada (Lappcom), vinculado à UFRJ e ao PPGCS-UFRRJ. Doutor em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ), com doutorado-sanduíche na Universidade de Paris 3, no Institut des Hautes Etudes de lAmérique Latine (IHEAL). Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Graduado em História pela Universidade Federal Fluminense (IHT-UFF).

Mestrado Profissional Facesg

 O Curso de Mestrado Profissional em Avaliação da Faculdade Cesgranrio, com o apoio da CAPES, promove o Seminário Nacional de Avaliação, um evento técnico-científico que contribui com a formação de avaliadores e a cultura da avaliação no país.

Participe de debates com avaliadores experientes nas áreas de educação, saúde e social, e amplie os seus conhecimentos a partir de uma abordagem multi e interdisciplinar.

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Curso de Extensão Filosofia e Ciência

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Na atual crise do pensamento ocidental, refletir sobre os modos como o conhecimento e a ciência se constituíram é fundamental para o vislumbre de novas possibilidades de concebê-los e, consequentemente, de novos modos de nos relacionarmos com os diversos saberes.

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