Jean Piaget
segunda-feira, 22 de outubro de 2018
sábado, 20 de outubro de 2018
III CICLO DE DEBATES EM AVALIAÇÃO
FACULDADE CESGRANRIO
Palestra sobre avaliação
III Ciclo de Debates em Avaliação
Profa. Dra. Gisela Cordeiro FIOCRUZ
Avaliação Desempenho SUS Atendimento Tuberculose
Excelente palestra que reflete as dificuldades e soluções no atendimento primário na área.
Palestra sobre avaliação
III Ciclo de Debates em Avaliação
Profa. Dra. Gisela Cordeiro FIOCRUZ
Avaliação Desempenho SUS Atendimento Tuberculose
Excelente palestra que reflete as dificuldades e soluções no atendimento primário na área.
sexta-feira, 19 de outubro de 2018
Linguagem e Metalinguagem
Linguagem e metalinguagem
"A lógica ocupa-se com a linguagem formal ou com a linguagem simbólico científica. Por ser um discurso ou uma linguagem que fala de outro discurso ou de outra linguagem, se diz que ela é uma metalinguagem."
Para conseguir seu propósito, a lógica distingue dois níveis de linguagem:
1. linguagem natural, isto é, aquela que usamos em nossa vida cotidiana, nas artes, na política, na filosofia;
2. linguagem formal, isto é, aquela que é construída segundo princípios e regras determinados que descrevem um tipo específico de objeto, o objeto das ciências.
Essa distinção também pode ser apresentada como diferença entre dois tipos de linguagem simbólicas:
1. a linguagem simbólica cultural (a linguagem “natural”), que usa signos, metáforas, analogias, esquemas para exprimir significações cotidianas, religiosas, artísticas, políticas, filosóficas. A principal característica desse simbolismo é ser conotativo, isto é, os símbolos carregam muitos sentidos e referem-se a muitas significações. A linguagem cultural é polissêmica, isto é, nela as palavras possuem inúmeros significados;
2. a linguagem simbólica lógico-científica (a linguagem “construída”), que usa um sistema fechado de signos ou símbolos (o algoritmo), em que cada símbolo é símbolo de uma única coisa e corresponde a uma única significação. Sua principal característica é ser essencialmente um simbolismo denotativo ou indicativo, evitando a polissemia e afirmando a univocidade do sentido simbolizado. Por exemplo: H2O, +, x, =, →, ≡, etc. são símbolos denotativos ou indicativos de um só objeto ou de um só sentido; são algoritmos.
A lógica ocupa-se com a linguagem formal ou com a linguagem simbólicocientífica. Por ser um discurso ou uma linguagem que fala de outro discurso ou de outra linguagem, se diz que ela é uma metalinguagem.
Na vida cotidiana, podemos dizer, por exemplo, uma frase como: “O Sol é uma estrela”. A lógica começará dizendo: “A frase ‘O Sol é uma estrela’ é uma proposição afirmativa”. Prosseguirá dizendo: “A proposição ‘A frase O Sol é uma estrela é uma proposição afirmativa’ é uma proposição verdadeira”. E assim por diante. A ideia da lógica como metalinguagem transparece com clareza quando examinamos, por exemplo, as teses principais do austríaco Ludwig Wittgenstein, cuja influência seria sentida por toda a lógica do século passado:
1. qualquer proposição que tenha significado é composta por proposições elementares, nas quais se encontra a verdade ou falsidade da proposição com significado;
2. as proposições elementares adquirem significado porque afiguram (retratam) o mundo não como fatos e coisas, mas como “estado de coisas”;
3. as proposições da lógica são verdadeiras independentemente das noções de “significado” e de “estado de coisas”, porque, rigorosamente, não falam de nada, pois referem-se a qualquer fato, significado ou estado de coisas que possam ocorrer ou não no Universo. As proposições lógicas são verdades vazias, referidas apenas ao próprio uso das convenções lógicas. (Convite a Filosofia - Marilena Chauí).
1. linguagem natural, isto é, aquela que usamos em nossa vida cotidiana, nas artes, na política, na filosofia;
2. linguagem formal, isto é, aquela que é construída segundo princípios e regras determinados que descrevem um tipo específico de objeto, o objeto das ciências.
Essa distinção também pode ser apresentada como diferença entre dois tipos de linguagem simbólicas:
1. a linguagem simbólica cultural (a linguagem “natural”), que usa signos, metáforas, analogias, esquemas para exprimir significações cotidianas, religiosas, artísticas, políticas, filosóficas. A principal característica desse simbolismo é ser conotativo, isto é, os símbolos carregam muitos sentidos e referem-se a muitas significações. A linguagem cultural é polissêmica, isto é, nela as palavras possuem inúmeros significados;
2. a linguagem simbólica lógico-científica (a linguagem “construída”), que usa um sistema fechado de signos ou símbolos (o algoritmo), em que cada símbolo é símbolo de uma única coisa e corresponde a uma única significação. Sua principal característica é ser essencialmente um simbolismo denotativo ou indicativo, evitando a polissemia e afirmando a univocidade do sentido simbolizado. Por exemplo: H2O, +, x, =, →, ≡, etc. são símbolos denotativos ou indicativos de um só objeto ou de um só sentido; são algoritmos.
A lógica ocupa-se com a linguagem formal ou com a linguagem simbólicocientífica. Por ser um discurso ou uma linguagem que fala de outro discurso ou de outra linguagem, se diz que ela é uma metalinguagem.
Na vida cotidiana, podemos dizer, por exemplo, uma frase como: “O Sol é uma estrela”. A lógica começará dizendo: “A frase ‘O Sol é uma estrela’ é uma proposição afirmativa”. Prosseguirá dizendo: “A proposição ‘A frase O Sol é uma estrela é uma proposição afirmativa’ é uma proposição verdadeira”. E assim por diante. A ideia da lógica como metalinguagem transparece com clareza quando examinamos, por exemplo, as teses principais do austríaco Ludwig Wittgenstein, cuja influência seria sentida por toda a lógica do século passado:
1. qualquer proposição que tenha significado é composta por proposições elementares, nas quais se encontra a verdade ou falsidade da proposição com significado;
2. as proposições elementares adquirem significado porque afiguram (retratam) o mundo não como fatos e coisas, mas como “estado de coisas”;
3. as proposições da lógica são verdadeiras independentemente das noções de “significado” e de “estado de coisas”, porque, rigorosamente, não falam de nada, pois referem-se a qualquer fato, significado ou estado de coisas que possam ocorrer ou não no Universo. As proposições lógicas são verdades vazias, referidas apenas ao próprio uso das convenções lógicas. (Convite a Filosofia - Marilena Chauí).
domingo, 14 de outubro de 2018
Semana Cultural Cesgranrio
Semana Cultural Cesgranrio
O Centro Cultural da Fundação Cesgranrio apresenta, entre os dias 23 e 30 de outubro de 2018, a primeira edição da Semana Cultural Cesgranrio, um evento gratuito que celebra as diversas expressões artísticas brasileiras.
Importantes nomes da cena cultural do país, como Fernanda Montenegro, Elza Soares, Baby do Brasil, Jout Jout, Nelson Sargento, Andrea Beltrão e Gregório Duvivier se apresentam durante oito dias, em mais de 30 atrações espalhadas pelo campus da Fundação Cesgranrio, no bairro carioca do Rio Comprido.
Reunindo teatro, música, dança, literatura, audiovisual e artes plásticas, o evento marca fortemente a importância da interculturalidade e oferece ao público de todas as idades a oportunidade de desfrutar de shows, exposições, debates, palestras e oficinas de excelente qualidade.
quinta-feira, 4 de outubro de 2018
A DESCONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE – MÁRCIO RUBEN
A DESCONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE – MÁRCIO RUBEN
Identidade na Modernidade
O paradigma da noção
substancial de identidade no pensamento moderno remonta ao cogito cartesiano: o
Eu como essência e unidade, fixo, essencialmente inato e inalterável.
De forma bem distinta, autores
tão diferentes como Hume, Kierkegaard, Marx, Nietzsche ou Sartre consideram,
pelo contrário, a identidade essencialmente como resultado de uma construção do
próprio Eu: o sujeito enquanto projeto de cada indivíduo, criado ao longo da
sua vida e desenvolvido pela ação, o "Eu com uma dimensão infinita"
que permite a cada um escolher a sua própria identidade.
A crítica Pós-moderna
A crítica à noção moderna de
identidade - o eu como realidade profunda, substancial, coerente e dotado de
força emancipatória - que logo toma a forma de uma refutação das próprias
noções de sujeito e identidade, apresentadas como mito, ilusão, puras
construções da linguagem e (ou) do poder. Versões particulares, mas com
variações mínimas desta narrativa surgem na "genealogia da alma
moderna" de Foucault, no sujeito como resíduo, sem identidade fixa,
radicalmente descentrado, errático e esquizoide de Deleuze.
A Autonomia
A autonomia descentrada em todas estas dimensões define a
imagem de um sujeito capaz de "dispor criativamente das suas necessidades,
de apresentar a sua própria vida de uma forma eticamente refletida e de
proceder à aplicação das normas universais de modo adequado ao contexto"
(Honneth, 1993: 271).
A identidade cultural na
pós-modernidade
“O sujeito previamente vivido
como tendo uma identidade estável e unificada, está se tornando fragmentado; composto
não de uma única, mas de várias identidades, algumas vezes contraditórias ou
não resolvidas” (Hall, 2001, p. 12). Ele pode assumir identidades diferentes em
diferentes momentos e, obviamente, elas não estarão unificadas em torno do “eu”
coerente. A segurança e a coerência de uma identidade plena são apenas uma
fantasia.
Sem um centro estável, além da desarticulação da coerência do passado, há a possibilidade de novas articulações no presente. Ou seja, a criação de novas identidades.
Sem um centro estável, além da desarticulação da coerência do passado, há a possibilidade de novas articulações no presente. Ou seja, a criação de novas identidades.
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