A VALORIZAÇÃO DA VIDA
Márcio Ruben*
Quando o raciocínio vai além dos valores morais? Nietzsche, o filósofo dinamite, intempestivo, da morte de Deus nos fala de algo além do bem e do mal. É fácil taxar de bonzinho ou mau aquele que a sociedade e ele mesmo ficou a margem da lei ou próximo. Mas houve uma tentativa de melhorar, de capacitar tal indivíduo? Não é questão moral, é questão de capacitação. A transvaloração de valores, o além-do-homem é o homem que cresce com as adversidades, em Psicologia chama-se resiliência. Para Nietzsche os pré-socráticos que sabiam buscar na cosmologia a essência, a transformação das coisas como Heráclito ou a permanência como Parmênides. O raciocínio dá importância até ao superficial e efêmero. O dançar em Nietzsche é a vitalidade, a vontade de potência. Se há moral em Nietzsche é a preservação da vida, é viver e viver. O que a avaliação e a tecnologia têm em comum é esta preocupação nietzschiana com a vida, essa vontade de potência, esse impacto profundo nos indivíduos. Esse impacto positivo. Essa autonomia freireana, baseada na dignidade, na autonomia do educando.
*Márcio Ruben é especialista em Filosofia, graduado em Avaliação e formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Trechos do seu livro O CONCEITO FILOSÓFICO DA AVALIAÇÃO E DA INFORMAÇÃO