sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Jogos de Linguagem: Dos Pré-Socráticos a Rorty

Jogos de Linguagem: Dos Pré-Socráticos a Rorty 


Introdução

A palavra eklesia εκλεσια significava na Grécia Antiga sair para um ajuntamento. Quando os cidadãos atenienses saíam de suas casa para se reunir na Ágora e votar pelas decisões da cidade. Ali se resolviam os problemas da Pólis grega. Interessante como a mesma palavra passa a ter significado de assembleia e até igreja. No contexto do segundo século da era cristã já se falava que a igreja se reuniu em assembleia, o que seria redundante, mas não era. As regras eram outras, o contexto criado alterou o sentido etmológico da palavra. O sentido toma uma interpretação própria para as regras hermenêuticas da época. Heráclito nos apresenta a mudança das coisas. O tempo muda, assim como a mudança é o próprio tempo. A história está na razão, como a razão está na história. Há uma razão para cada história. Há logo uma linguagem ligada ao tempo, ou a dialética do tempo. Numa tese, antítese e síntese hegeliana, onde os contrários não se contradizem, podemos verificar as mudanças que a própria linguagem toma, ou, na verdade, a regras mudam. Este ensaio se propõe estudar os jogos de linguagem, como caminho da razão e de suas regras na utilização da linguagem na prática da implementação coletiva. Pois a linguagem não é um produto particular, mas coletivo. Uma atividade da humanidade.

 A Linguagem Como Espelho

 A linguagem reflete o mundo, os objetos projetam a língua, há construto da linguagem. O mundo reflete a linguagem. A exatidão empírica da linguagem é um erro. A subjetividade certamente estará na projeção da palavra. O conceito estudado e refutado como universais dá lugar a nomes, ou nominalismo, o onde os individuais, não estavam desvinculados aos jogos de linguagem medieval. Regras criadas pelo dogmatismo. Regras mudadas pelo empirismo da modernidade ou até do racionalismo metódico cartesiano. Ideias inatas ou empíricas vêm de um sistema, um espelho que dita regras. A exatidão lógica cria conceitos, que acreditam seus mestres, são úteis e exatos em uma realidade espelhada.

 A Linguagem Como Evolução

A línguagem ligada ao cotidiano, ao dia a dia. Exemplo o hebraico construído no cotidiano, no EL que arcaico e de pictogramas, da direita para esquerda, um boi e um cajado. Fenomenologia cotidiana de um povo rural. Traduzida na razão e na regra de seu tempo o Senhor que conduz (Boi – força, senhorio; Cajado – condutor). Álefe e Lamed. Os hieróglifos egípcios foram evolução de pictogramas e desenhos. A evolução da linguagem não é etnocêntrica, neste caso, mas um desenvolvimento onde procura-se espelhar sentimentos, emoções, realidade pragmática.

 A línguagem Como Permanência

A mudança pode não ser real, nosso entendimento pode ser enganado pelos sentidos. A mudança exige um paradoxo, um ser e um não ser. Mas o não ser não existe. Logo a aparência da mudança se reflete na linguagem. A palavra é a mesma. Ela não muda, seu signo não muda, o que muda é a regra. A regra faz com a palavra permanente mude aparentemente, mas ela é a mesma. Tire-a da regra, de todas as regras. Vira um Eu Sou sem adjetivos e substantivos para acompanhá-la, mas continua sendo a palavra. A palavra que habita as coisas e é habitada por elas.

 A Linguagem Como Certeza

Se o gênio me engana, mas eu preciso existir para tal proeza, logo o que me faz existir é a palavra que habita em mim. A palavra traz a certeza da existência. Até para duvidar a palavra precisa existir e habitar. A linguagem se faz ou toda estrutura está a priori no sujeito. A palavra é objeto ou sujeito. Se faz sujeito ao emitir juízo de espaço e tempo. O juízo sintético a priori só possível por causa da inata estrutura da razão, que só é possível na transcendência e crítica da razão. Como certeza a linguagem estrutura a razão, dá significado coerente ao que vem a posteriori.

 A Linguagem Como verdade

Veritas, Aletheia e Emunah verdade respectivamente latim, grego e hebraico. Interessante que a dialética platônica é αλήθεια literalmente desesquecimento, retorno, lembrança, conhecimento do que foi esquecido. Daquilo que ficou no mar do esquecimento, quando resultado da queda da psiquê nas emanações advindas do Pleroma. Como verdade a linguagem é discernimento. Todavia a linguagem sem liberdade, também é sem verdade. Nós jogos de domínio e tirania a inverdade da linguagem é real. A linguagem em si não passado, presente ou futuro. Ela é indiferente com o tempo, pois as regras ditam uma intemporalidade. Rorty disse “Sem liberdade, não há verdade”. Mas é importante a verdade? Numa glossofobia há medo do que pode ser dito. Há na verdade uma axiofobia medo de ser avaliado pela palavra, pela linguagem. Pois avaliar é atribuir valor, mérito. A linguagem possue suas regras, seus jogos, como nos advertiu o segundo Wittgenstein. Jogos de linguagem nos apresentam valores, regras e condutas. Criados por um grupo, um círculo. Podem criar suas próprias e exclusivas regras. A palavra grega Dikaios δίκαιος significava justiça no clássico, isto é, atribuir recompensa aos bons e punir os maus. Todavia justiça no contexto eclesiástico passou a significar perdão divino.

Conclusão

Mais se pode analisar, como Heidegger analisou a palavra kosmos, mundo, cosméticos, pintura, imagem, realidade ou no sentido pejorativo algo secular, ruim. Depende da estrutura que está inserida, das regras ao seu favor sem dicotomias, sem moralidades, além do bem e do mal na regra nietzschiana. Se não existem regras para seus aforismos, ou até para sua filosofia do martelo, exitem regras para sua linguagem desconcertante, por que não dizer, da linguagem extemporânea, fora do seu tempo, que estrutura o saber moderno e contemporânea. Autor Prof. Márcio Ruben Referências SCRIVEN, Michael. Avaliação: Um Guia de Conceitos. FRM. 2018. BLACKBURN, Simon. DICIONÁRIO OXFORD DE FILOSOFIA. Zahar.2010. WITTGENSTEIN, Ludwig. Tratados Filosóficos e Pensamentos Filosóficos. Zahar. 2007. OS PENSADORES. Editora Abril. Obras Completas de cada autor. RORTY, Richard. Philosophy and the Mirror of Nature. Princeton: Princeton University Press, 1979

sábado, 28 de setembro de 2019

PEDAGOGIA DA AVALIAÇÃO E PAULO FREIRE

PEDAGOGIA DA AVALIAÇÃO E PAULO FREIRE - MICHAEL PATTON
 


EvaluationThesaurus 3ª edição Michael Scriven Inglês

EvaluationThesaurus
3ª edição
Michael Scriven

Inglês





This is a thesaurus of terms used in evaluation. It ,
is not restricted in scope to educational or program evaluation. It refers to product and personnel and, proposal evaluation as well as to quality control and the grading of'work samples. The text contains practical suggestions and procedures, comments and.criticisms,as well as definitions And distinctions. The criteria for inclusion of entry were that at least a few participants in workshops or classes requested it; a short account was possible; the account was found useful; or the author -thought it should be included for the edification or amusement of professionals and/or amateurs. Only key references are provided. The scholar may find more references in'the few that are given as that was .a criterion for selection. This work is one of a-series published by the author in 1981-82. Some of the other works deal with evaluation in specific areas. (DWH)

Este é um dicionário de termos usado em avaliação. Não está restrito à avaliação educacional ou de programa. Refere-se ao produto e ao pessoal e à avaliação da proposta, bem como ao controle de qualidade e à classificação das amostras de trabalho. O texto contém sugestões e procedimentos práticos, comentários e críticas, bem como definições e distinções. Os critérios para inclusão dos materiais foram que pelo menos alguns participantes de oficinas ou aulas o solicitassem; uma descrição curta era possível; material considerado útil; ou o autor - pensou que deveria ser incluído para a aprendizado ou distração de profissionais e / ou amadores. Somente referências chave são fornecidas. O estudioso pode encontrar mais referências entre as poucas que são dadas como critério de seleção. Este trabalho é uma das séries publicadas pelo autor em 1981-82. Alguns dos outros trabalhos tratam de avaliação em áreas específicas. (DWH)

OBS: Edição Antiga.



BAIXE AQUI GRATUITAMENTE, SEM FINS COMERCIAIS







quinta-feira, 26 de setembro de 2019

IV Ciclo de Debates em Avaliação

VENHA! VOCÊ É NOSSO CONVIDADO.
GRATUITO COM DIREITO A CERTIFICADO PELA FACULDADE CESGRANRIO!

IV  Ciclo  de  Debates  em  Avaliação

A Coordenação do Curso Superior de Tecnologia em Gestão da Avaliação –Faculdade CESGRANRIO –tem a honra de convidá-lo para uma manhã de reflexões sobre Avaliação.

Dia  28  de  setembro  de  2019  –sábado-às  10:00  horas

Avaliação  do  Projeto  Apostando  no  Futuro (Fundação  CESGRANRIO)

Palestrante  Convidada:  Profª Rosa  Maria  Torte da  Cunha Assistente  de  projetos  especiais  da  Fundação  CESGRANRIO. 

Possui  graduação  em  Pedagogia  pela Faculdade  de  Filosofia  Ciências  e  Letras  de  Nova  Iguaçu  (1975)  e  mestrado  em  Educação  pela Universidade  Salgado  de  Oliveira  (2000). 

Tem  experiência  na  área  de  Educação,  com  ênfase  em Planejamento  e  Avaliação  Educacional,  atuando  principalmente  nos  seguintes  temas:  avaliação, projetos  sociais,  integração  escola-comunidade,  educação  de  jovens  e  adultos,  inclusão  social, diversidade  e  editoração  científica.

Auditório  da  Faculdade  CESGRANRIO Rua  Cosme Velho,  155  –Cosme Velho  –Rio  de  Janeiro www.facesg.edu.br

GRANDE OPORTUNIDADE PARA CONHECER UM POUCO MAIS SOBRE GESTÃO DA AVALIAÇÃO, UMA DISCIPLINA QUE TEM CRESCIDO SUA ATUAÇÃO NOS ÚLTIMOS ANOS.
#profmarcioruben


sábado, 21 de setembro de 2019

Autonomia do Educando

Autonomia do Educando


"Ao pensar sobre o dever que tenho, como professor, de respeitar a dignidade do educando, sua autonomia, sua identidade em processo, devo pensar também, como já salientei, em como ter uma prática educativa em que aquele respeito, que sei dever ter ao educando, se realize em lugar de ser negado. Isto exige de mim uma reflexão crítica permanente sobre minha prática através da qual vou fazendo a avaliação do meu próprio fazer com os educandos. O ideal é que, cedo ou tarde, se invente uma forma pela qual os educandos possam participar da avaliação. É que o trabalho do professor é o trabalho do professor com os alunos e não do professor  consigo mesmo. Esta avaliação crítica da prática vai revelando a necessidade de uma série de virtudes ou qualidades sem as quais não é possível nem ela, a avaliação, nem tampouco o respeito do educando." Paulo Freire
[21/9 07:31] Márcio Ruben: Pedagogia da Autonomia

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Aula com Profª Thereza Pena Firme

AULA COM A PROFESSORA THEREZA PENA FIRME FACULDADE CESGRANRIO

Um noite extraordinária, aula excepcional.
"Quando o homem descia na lua, eu descia da minha lua, terminava o meu doutorado".
"Um grande maestro foi parado por um anjo que lhe disse: Tenho uma excelente notícia para lhe dar, o senhor vai reger o coral celestial. - O maestro ficou muito feliz. Aí o anjo lhe disse. Tenho outra notícia, talvez não tão boa. - Amanhã às 10 horas está marcado o primeiro ensaio."
Serão oito encontros sobre avaliação com uma senhora de 91 anos que muito nos tem para ensinar. Deus a abençoe! No final ainda conversamos pessoalmente sobre Paulo Freire, Pedagogia, Filosofia e Teologia!
Juntos preciosos participantes diretor e coordenador da Faculdade e outros.





quinta-feira, 12 de setembro de 2019

LISTA-CHAVE DE VERIFICAÇÃO DA AVALIAÇÃO (KEC).



LISTA-CHAVE DE VERIFICAÇÃO DA AVALIAÇÃO

LISTA-CHAVE DE VERIFICAÇÃO DA AVALIAÇÃO (KEC).
Michael Scriven - Avaliação Um Guia de Conceitos


  1. DESCRIÇÃO: O que será avaliado? A descrição deve fornecer uma visão geral e um método de identificação do mesmo programa.
  2. ANTECEDENTES E CONTEXTO: A base da perspectiva e delineamento. (formativa vs. somativa, rigorosa vs. ritualística, baseada em objetivos vs. livre de objetivos...).
  3. CONSUMIDOR: Quem é impactado pelos efeitos diretos e indiretos do avaliado, o 'grupo impactado ao final da linha'.
  4. RECURSOS: O que está disponível para uso pelo ou para o avaliado?
  5. VALORES: A fonte dos parâmetros para converter fatos em conclusões avaliativas.
  6. PROCESSO: Aplicam-se os valores identificados no ítem 5 ao processo que identificou-se na Descrição (ítem 1). Em seguida aplica-se aos Recursos (ítem 4).
  7. RESULTADOS: Quais efeitos são produzidos pelo avaliado, intencionais ou não?
  8. CUSTOS: Monetário vs. Psicológico vs. De pessoal vs. Tempo vs. Espaço; inicial de. Recorrente; direto vs. Indireto; nominal vs. Descontado; atual vs de oportunidade; por componentes; quando apropriados.
  9. COMPARAÇÕES: com opções alternativas - inclua opções reconhecidas e não reconhecidas, as disponíveis atualmente das que podem ser construídas.
  10. GENERABILIDADE: Utilidade, se usado por ou para outras pessoas/ lugares/tempos/versões.
  11. SIGNIFICÂNCIA: Uma classificação da importância geral, aplicada a uma síntese, custo-eficácia.
  12. RECOMENDAÇÕES: Elas podem ou não serem solicitadas, e podem ou não acompanhar uma avaliação.
  13. RELATÓRIO: O vocabulário, extensão, formato, meio, tempo, localização e pessoal para apresentação.
  14. META-AVALIAÇÃO: Este ponto de verificação é a ligação para um segundo nível de avaliação - Avaliação da avaliação da avaliação).
DICIONÁRIO DA AVALIAÇÃO (ACESSO RESTRITO)

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Thesaurus Brasileiro da Educação

Thesaurus Brasileiro da Educação

thesaurus é um instrumento que reúne termos escolhidos a partir de uma estrutura conceitual previamente estabelecida e destinados à indexação e à recuperação de documentos e informações num determinado campo do saber.
Thesaurus Brasileiro da Educação (Brased) é um vocabulário controlado que reúne termos e conceitos, extraídos de documentos analisados no Centro de Informação e Biblioteca em Educação (Cibec), relacionados entre si a partir de uma estrutura conceitual da área. Estes termos, chamados descritores, são destinados à indexação e à recuperação de informações. Não é simplesmente um dicionário, mas um instrumento que garante aos documentalistas e pesquisadores o processamento e a busca destas informações. Acesse Thesaurus da Educação Brasileira INEP
 Thesaurus da Educação Brasileira - INEP

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Dicionário da Avaliação

O Dicionário reúne ensinos
De Michael Patton, Michel Scriven e outros.

Tipos de Avaliação
BASEADO NOS ESCRITOS DE MICHAEL SCRIVEN

AVALIAÇÃO
O processo de determinação do mérito, valor ou valor de algo;  ou o produto desse processo. As características especiais da avaliação, como um tipo particular de investigação (distinto, por exemplo, da pesquisa empírica tradicional nas ciências sociais).

Avaliação Absoluta
Avaliação expressa categórica ou incondicionalmente, em vez de relativamente, a determinado conjunto de valores.

Avaliação Arquitetônica
Envolve uma estrutura de lógica e uma camada externa de estética.

Avaliação autorrealizada
Avaliação reativa que traz à tona sua própria verdade e não seria verdadeira sem que fosse anunciada ou publicada.

Avaliação Autorrefutante
Avaliação cuja publicação traz à tona sua falsificação.

Avaliação Baseada em Objetivos
Qualquer tipo de avaliação baseada nas metas e objetivos do programa, pessoa ou produto, bem como no conhecimento destes e referenciada a eles.

Avaliação Baseada no Consumidor
Abordagem para a avaliação de (normalmente) um programa que começa com e se concentra no impacto sobre o consumidor ou clientela, ou – para ser mais exato – em total a população impactada.

Avaliação Conjunta
Avaliadores individuais de um grupo de projetos colaboram com um 'avaliador de grupo' para identificar problemas especiais que possivelmente possam solucionar juntos.

Avaliação da Implementação
Retorno ao mero monitoramento dos resultados de um programa. É mais fácil implementar; é mais difícil melhorar.

Avaliação de Alunos
Pode significar avaliação dos alunos, normalmente realizada por seus instrutores, realizada por alunos, normalmente de seus instrutores, avaliação do trabalho dos alunos, isto é, avaliação de desempenho.

Avaliação de argumentos
Distanciando-se do tudo ou nada, este tipo de avaliação avalia argumentos como mais fortes ou mais fracos, melhores ou piores. É apenas parte da lógica informal.

Avaliação de caixa-preta
Termo que se refere pejorativamente a uma avaliação somativa global, normalmente breve, é fornecida sem quaisquer sugestões para melhoria.

Avaliação de Componentes
Um componente de algo avaliado normalmente é uma parte física ou temporalmente discreta dele. A avaliação global ou holística de algo, pelo contrário, não envolve qualquer identificação, tampouco avaliação de seus componentes.

Avaliação de Desempenho
Avaliação de uma realização específica, na forma de resultado ou processo. Distingui-se avaliação pessoal de avaliação de desempenho.

Avaliação de Discrepância
Identifica as lacunas entre objetivos vinculados ao tempo (marcos) e o desempenho real nas dimensões dos objetivos.
(continua...)
 ...

Dicionário da Avaliação acesso restrito
E-mail gestaodaavaliacao@gmail.com
Dicionário da Avaliação
https://dicionarioava.blogspot.com/2019/08/dicionario-de-avaliacao.html?m=1
https://dicionarioava.blogspot.com/2019/08/dicionario-de-avaliacao.html?m=1

sábado, 7 de setembro de 2019

OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento

OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, ou OECD, em inglês) é uma organização internacional dos países desenvolvidos comprometida com os princípios da democracia representativa e da economia de livre mercado. Sua sede fica em Paris, na França. Foi criada em 30 de setembro de 1961, sucedendo à Organização para a Cooperação Econômica Européia, criada em 16 de abril de 1948.
Objetivo
• apoiar um crescimento económico duradouro;
• desenvolver o emprego;
• aumentar o nível de vida;
• manter a estabilidade financeira;
• ajudar os outros países a desenvolverem as suas economias;
• contribuir para o crescimento do comércio mundial.
A OCDE também partilha os seus conhecimentos e troca de ideias com mais de 100 outros países e economias, desde o Brasil, China, Rússia e África do Sul até os países menos desenvolvidos da África.

A Dezembro de 2012, a OCDE tem 25 estados não membros com o estatuto de observadores ou participantes de pleno direito nas suas Comissões. Cerca de 50 não membros participam nos grupos de trabalho, regimes ou programas. A OCDE mantém um diálogo político com o propósito de partilhar as opiniões sobre quais são as melhores práticas a seguir.


Diretrizes para multinacionais
Conceito e Princípios
1. As Diretrizes são recomendações conjuntamente dirigidas pelos governos às empresas multinacionais. Estabelecem princípios e padrões de boa prática, consistentes com a legislação aplicável e os padrões reconhecidos internacionalmente.
2. Os negócios internacionais sofreram grandes alterações estruturais e as próprias Diretrizes evoluíram de modo a refletir essas mudanças. Com o crescimento das indústrias de conhecimento intensivo e a expansão da economia da internet, as empresas de serviços e tecnologia desempenham um papel cada vez mais importante no mercado internacional.
3. As empresas também promoveram o diálogo social sobre o que constitui conduta responsável empresarial e trabalharam com as partes interessadas, inclusive no contexto de iniciativas multiparticipativas (multi-stakeholder) para desenvolver orientações para a conduta responsável das empresas.
4. A OCDE tem contribuído com aspectos importantes para este processo (padrão internacional) através do desenvolvimento de padrões que abrangem áreas como meio ambiente, luta contra a corrupção, interesses do consumidor, governança corporativa e tributação.
As empresas devem:
1. Contribuir para o progresso econômico, ambiental e social, de forma a assegurar o desenvolvimento sustentável.
2. Respeitar os direitos humanos reconhecidos internacionalmente dos afetados por suas atividades.
3. Encorajar a construção de capacidades em nível local em estreita cooperação com a comunidade local, incluindo os interesses empresariais, bem como desenvolvendo as atividades da empresa nos mercados nacional e internacional, de forma compatível com a necessidade de boas práticas comerciais.
4. Encorajar a formação de capital humano, nomeadamente criando oportunidades de emprego e facilitando a formação dos trabalhadores.
As empresas devem:
1. Contribuir para o progresso econômico, ambiental e social, de forma a assegurar o desenvolvimento sustentável.
2. Respeitar os direitos humanos reconhecidos internacionalmente dos afetados por suas atividades.
3. Encorajar a construção de capacidades em nível local em estreita cooperação com a comunidade local, incluindo os interesses empresariais, bem como desenvolvendo as atividades da empresa nos mercados nacional e internacional, de forma compatível com a necessidade de boas práticas comerciais.
4. Encorajar a formação de capital humano, nomeadamente criando oportunidades de emprego e facilitando a formação dos trabalhadores.
5. Abster-se de procurar ou aceitar exceções não previstas no quadro legal ou regulamentar, relacionados a direitos humanos, meio ambiente, saúde, segurança, trabalho, tributação, incentivos financeiros ou outros assuntos.
6. Apoiar e defender os princípios da boa governança corporativa.
7. Elaborar e aplicar práticas de autorregulação e sistemas de gestão eficazes.
8. Promover conscientização e cumprimento por parte dos trabalhadores empregados pelas empresas multinacionais no que diz respeito às políticas da empresa através de divulgação adequada dessas políticas, inclusive através de programas de formação.
Obs: Além de promover nas empresas a saúde ocupacional, empregar pessoal local. Estabelecer e manter um sistema de gestão ambiental apropriado à empresa: impacto positivo no ambiente, A fixação de objetivos mensuráveis e, quando apropriado, de metas no que se refere à melhoria do seu desempenho ambiental e utilização de recursos. Monitoramento do progresso. Manter planos de contingência para prevenir, mitigar e controlar danos graves causados por suas atividades ao meio ambiente e à saúde, incluindo os acidentes e situações de emergência; estabelecendo os mecanismos necessários para alertar de imediato as autoridades competentes.
Combate à Corrupção, à Solicitação de Suborno e à Extorsão
As empresas não deverão, direta ou indiretamente, oferecer, prometer, dar ou solicitar suborno ou outras vantagens indevidas, com vistas a obter ou conservar negócios ou outras vantagens inapropriadas. As empresas deverão, também, resistir à solicitação de suborno e extorsão.
Interesses do Consumidor
Ao tratarem com os consumidores, as empresas deverão reger-se por práticas corretas e justas no exercício das suas atividades comerciais, publicitárias e de comercialização, devendo tomar todas as medidas razoáveis para garantir a qualidade e a confiabilidade dos bens e dos serviços que forneçam.
Concorrência
As empresas deverão:
Realizar suas atividades de maneira consistente com todas as leis e regulamentações de concorrência aplicáveis, levando em conta a legislação sobre concorrência de todas as jurisdições em que as atividades possam ter efeitos anticoncorrenciais.
Tributação
É importante que as empresas contribuam para as finanças públicas dos países de acolhimento, cumprindo pontualmente as obrigações fiscais que lhes competirem.
Fonte http://www.fazenda.gov.br/assuntos/atuacao-internacional/ponto-de-contato-nacional/diretrizes-da-ocde-para-empresas-multinacionais em 07 de setembro de 2019.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

O Papel da Ação na concepção aristotélica da felicidade

O papel da ação na concepção aristotélica da felicidade
Na filosofia prática de  Aristóteles, a teoria da ação tem uma posição central. De fato, a definição de felicidade que encontramos na  Ethica Nicomachea  e na Ethica Eudemia  baseia-se essencialmente na noção de atividade: “o bem humano resulta ser a atividade da alma segundo virtude”, diz ele; e diz ainda: “a felicidade será atividade de uma vida completa segundo virtude completa”. Nestas passagens encontramos, propriamente, o conceito de  energeia  e não o de praxis. Mas, para  Aristóteles, a  energeia  humana é feita de  praxeis: “digamos que o operar próprio do homem seja um certo tipo de vida e que esta consista em uma atividade e em ações da alma unidas a razão”, diz ele, e: “digamos que as ações, e as atividades, que dizem respeito à alma são [os bens] relativos à alma". O homem feliz é aquele que é capaz de realizar as  kalai praxeis  ou  praxeis kat’areten: belas ações, ou ações segundo virtude. A  definição de felicidade e de bem humano resulta, portanto, ser fundada sobre o conceito de  praxis.  A  determinação da felicidade humana traz consigo o conhecimento do que seja uma praxis. (...)
A ação é princípio da virtude em sentido causal: o agir bom produz a virtude e o agir mau produz o vício. Por exemplo, se alguém se habitua a realizar ações corajosas, torna-se corajoso e se alguém se habitua a realizar ações vis, torna-se vil.
(Analytica: Revista de Filosofia, Carlo Natali) Baixe o texto completo
https://revistas.ufrj.br/index.php/analytica/article/view/393/350



quinta-feira, 27 de junho de 2019

Fundação Cesgranrio - lançamento do livro do Prof. Michael Scriven

Fundação Cesgranrio - lançamento do livro do Prof.  Michael Scriven "Avaliação: Um Guia de Conceitos" presença do Presidente Prof. Carlos Alberto Serpa, Professora Thereza Penna Firme e Professora Ligia Gomes Elliot, Professores e Professoras da Faculdade Cesgranrio, Fundação Cesgranrio, Fundação Roberto Marinho e Itaú Social. Um dia memorável para a avaliação no Brasil.






terça-feira, 4 de junho de 2019

Avaliação, uma ciência - comentário

Avaliação, uma ciência - comentário

Michael Scriven

"A questão para mim era: o que eles diriam sobre a avaliação?

Seria uma disciplina, como eles a retrataram, ou simplesmente  um mito ou sonho realizar um trabalho científico com algo que envolvesse valores humanos? O que nos preocupava, no grupo de avaliação, era que eles respeitassem esse tratamento sistemático de avaliação que estava crescendo, na prática, e servindo como apoio extremamente útil aos chefes de Estado e agências federais de educação.


Esse negócio em expansão, a avaliação de programas federais, foi liderado pela enorme revolução no ensino de ciência que estava emergindo como nossa resposta à notável conquista do projeto espacial russo. Pareceu-me que uma nova disciplina com um jargão peculiar não iria muito longe, a menos que se pudesse chegar a um consenso razoável no seu próprio vocabulário.


Portanto, pensei que chegara a hora de tentar elevar o tesauro ao nível de um livro sério de referência acadêmica, o que ele já é na quarta edição. Mas, é claro, é preciso mais do que isso. Então, estávamos publicando textos introdutórios em avaliação e, em seguida, textos avançados especializados que tratavam de questões especificas como análise de custo e como formar avaliadores e o início de uma rede de ofertas de emprego e especial istas disponíveis para preenchê-las, o que entregamos aos caminhos habituais do mercado de trabalho. Então também precisávamos da estrutura funcional de uma ciência.


Quando comecei a olhar para as disciplinas clássicas, mesmo  que eu já fosse um defensor da disciplina e da profissão de avaliação, notei algumas características extraordinárias que desafiaram a suposta abordagem "livre de valores" para as ciências sociais. Era de fato possível argumentar que a avaliação era a disciplina mais importante nas ciências sociais e começamos a pensar em maneiras de configurá-Ia como um assunto distinto. Sua distinção foi notável e a primeira coisa que  me fez sentir que precisávamos de uma disciplina organizada foi o fato de que, no final das contas, toda disciplina tinha um componente de avaliação: o processo de avaliação de hipóteses e metodologias, técnicas, programas de treinamento e publicações.


Em outras palavras, a questão não era se havia algum lugar para a avaliação entre as disciplinas respeitáveis, mas sim, seu lugar estava em todas as disciplinas, a fim de separar o que eu chamaria de "bom" do "ruim". Isto é, distinguir as boas teorias, hipóteses, amostras, bons desenhos experimentais daqueles menos bons e dos claramente inválidos. Isso foi feito com muito cuidado em quase todo texto ou monografia. A Ciência não poderia avançar sem isso.


Isso me levou a duas posições. A primeira, expressa na introdução à quarta edição em inglês, defendia principalmente que a avaliação é urna prática que acontece cm todas as disciplinas. E de fato o que eu chamo de transdisciplina, por direito próprio. Toda disciplina faz avaliação para se distinguir do que é mera pseudociência, história ruim ou teoria legal infundada etc. Longe de ser tratado como um assunto que deve ser mantido longe da ciência, era um assunto que realmente deveria ser estudado com bastante cuidado, já que a Ciência dependia dela. A falta de avaliação sistemática em novas teorias significava estar desenvolvendo uma pseudociência. No caso da astrologia e da parapsicologia malconduzida, foi por causa de
suas metodologias ruins que continuamos a recusar a admissão delas ao rol das grandes ciências. Então, o primeiro ponto que eu queria colocar na quarta edição do Avaliação: Um guia de conceitos era de que a avaliação é transdisciplinar; que é uma disciplina que faz parte de cada disciplina e precisa ser examinada com muito cuidado ao se desenvolver qualquer disciplina.


A segundo posição que foi evoluindo inclui outros pontos de vista da natureza da avaliação que são realmente interessantes, mas apenas desenvolvidos por mim após a publicação da 4a edição. Eles devem ser expandidos sob suas palavras-chave em uma futura edição. A primeira dessas novas ideias foi que não só a avaliação seria um elemento-chave em todas as disciplinas, e deveria ser realizada com muito cuidado e com considerável dificuldade, mas que o resultado dessa luta para definir o que conta como boa teoria dentro da astrobiologia ou educação ou prática era de fato a questão mais importante que as pessoas enfrentavam dentro de uma disciplina. Eu não estava mais defendendo a importância dela, já que a avaliação era amplamente utilizada em todas as disciplinas. 

Eu estava argumentando que se tratava da disciplina mais importante dentre todas as outras disciplinas, porque a vida e morte da disciplina como disciplina dependia de sua aplicação. Já que isso se baseia em aceitar e desenvolver teorias melhores, e não piores, ela agregou valor à conclusão. Então, apresentei a ideia de avaliação como a "disciplina alfa", o que significa a mais importante guardiã das chaves do reino.

Michael Scriven - Avaliação um guia de conceitos
Chianca e Mariana Ceccon Chianca. - 1. ed. - Rio de
Janeiro/ S;1o Paulo: Paz e Terra. 2018.

domingo, 2 de junho de 2019

AVALIAÇÃO - UM GUIA DE CONCEITOS - MICHAEL SCRIVEN

AvaliaçãoUm guia de conceitos

Escrito por Michael Scriven, um dos mais aclamados especialistas em Avaliação em todo o mundo, este livro oferece a profissionais e a estudantes um guia para entender os principais conceitos, acrônimos, processos, técnicas e listas de verificação no campo da avaliação. É a alternativa perfeita às pesadas e caras enciclopédias e também aos glossários sobre essa disciplina, que apresentam definições muito abreviadas. Esta edição brasileira de Evaluation Thesaurus – 4th edition reúne mais de 2 mil verbetes, que contêm informações sobre avaliação de pessoas, programas, teorias científicas, produtos, propostas, performance, e muito mais. Aborda também testes, utilizando itens de múltipla escolha, softwares de avaliação, estratégias para análise de dados, técnicas de grupos focais e metodologias para fazer controle de qualidade. A Avaliação é tratada aqui de forma inédita, indo muito além de sua aplicação em áreas específicas como educação, saúde ou filantropia. O autor indica soluções para dúvidas genéricas, conceitua os termos mais usados e esclarece sobre a linguagemde especialistas da área. Esta edição brasileira apresenta uma entrevista de Thomaz Chianca com o autor. Scriven dá detalhes sobre como se tornou uma das principais referências da Avaliação em todo mundo e reflete sobre o que acrescentaria numa possível nova edição.




A LEITURA RUMINANTE

A LEITURA RUMINANTE

Nietzsche escreve para além do bem e do mal. Escreve sobre o valor da vida. O que é 'moral' para ele é a preservação da vida. Tudo que o incapacita é 'imoral'. A transvaloração dos valores, não está baseada numa virtude religiosa, ou moral dicotômica herdada de Sócrates, Platão e Aristóteles, mas no homem que se torna forte pela vontade de viver e sobreviver. A vontade de potência é potência para vida. Mas como analisar os textos criados por essa dicotomia fraca do homem? Ruminando, desconstruindo, mastigando.  "Um crítico é um leitor que rumina. Ser-lhe-ia necessário ter vários estômagos". A leitura ruminante nos leva a experimentar uma interpretação para além da dicotomia moderna. Uma leitura baseada no exame aprofundado do texto. Para a gradação dos valores, numa variação das cores. Além do preto e do branco.  "A leitura ruminante é um dispositivo interpretativo, produtivo, proliferante e criador, não subordinado a tosca lógica do certo-errado nem a indecorosa procura de uma verdade 'por trás'; vincula-se, antes, ao perspectivismo, ao risco de se lançarem certas luzes e sombras sobre um texto dado, fazendo-o pivotar sobre si e produzir sentido." Maria Cristina Franco Ferraz - Nove Variações sobre temas nietzschianos

sábado, 1 de junho de 2019

The Past, Present and Future of Evaluation: Possible Roles for the University of Melbourne


The Past, Present and Future of Evaluation: Possible Roles for the University of Melbourne


O passado, o presente e o futuro da avaliação.
Michel Scriven é Doutor em Filosofia e uma das maiores autoridades em avaliação. Ele criou os termos Avaliação Formativa e Avaliação Somativa. Nessa palestra ele nos conduz aos primórdios da humanidade explicando que a técnica antecede a ciência, antes mesmo do homem desenvolver os métodos científicos, ele precisou criar artefatos, instrumentos e meios de sobrevivência. Ao qualificar aquilo que criava, se era bom ou ruim, ao verificar se determinada atividade estava certa ou errada, o homem nos seus primórdios estava avaliando. Scriven também fala sobre os princípios de não causalidade citando David Hume. Excelente entrevista no momento que Scriven também é homenageado pela Universidade Melbourne.


sábado, 16 de março de 2019

Entrevista com Prof. Paulo Jannuzzi

Indicadores Sociais


Publicado em 21 de out de 2018

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Especialista em educação fala da formação de professores no Brasil

Especialista em educação fala da formação de professores no Brasil





Priscila Cruz, presidente executiva do movimento Todos pela Educação, analisa o processo de formação de professores e o perfil dessa categoria no Brasil. Publicado na internet em 02/08/2016

Entrevista sobre Avaliação com a Professora Thereza Penna Firme

Entrevista sobre Avaliação com a Professora Thereza Penna Firme



Entrevista sobre Avaliação com a Professora Thereza Penna Firme para o blog da revista Ensaio, da Fundação Cesgranrio. (2015)


Educadora e Psicóloga Clinica, com especial formação acadêmica no campo da Avaliação.
Mestre em Psicologia Educacional pela Universidade de Wisconsin, USA. Mestre em Educação pela Universidade de Stanford, Califórnia, USA. Doutora (Ph.D) em Educação e Psicologia da criança e do adolescente pela Universidade de Stanford, Califórnia. Exerceu o magistério no Ensino Fundamental, Médio e Superior (Graduação e Pós-Graduação), bem como funções de Direção e Coordenação na PUC/RIO, UFRGS e UFRJ, atuando como Professora, Pesquisadora e Orientadora de Dissertações e Teses. É Consultora, Avaliadora e Conferencista nacional e internacional. É Decana da Faculdade Cesgranrio, Coordenadora do Centro de Avaliação na Fundação CESGRANRIO e Membro da American Evaluation Association.

Postagem em destaque

Entrevista sobre Avaliação com a Professora Thereza Penna Firme

Entrevista sobre Avaliação com a Professora Thereza Penna Firme Entrevista sobre Avaliação com a Professora Thereza Penna Firme para ...