domingo, 26 de abril de 2020
sexta-feira, 6 de março de 2020
CIPP E AS ABORDAGENS DAS AVALIAÇÕES
CIPP
CONTEXTO, INSUMO, PROCESSO, PRODUTO.
1. A avaliação do contexto serve para decisões de planejamento. Determinar que necessidades precisam ser atendidas por um programa ajuda a definir seus objetivos.
2. A avaliação do insumo serve para decisões de estruturação. Determinar que recur-sos estão disponíveis, que estratégias alternativas do programa devem ser consi-deradas e que plano parece ter o maior potencial para atender as necessidades e facilitar a criação de procedimentos do programa.
3. A avaliação do processo serve para decisões de implementação. Qual é o grau de êxito da implementação do programa? Que barreiras ameaçam seu sucesso? Que revisões são necessárias? Depois que essas perguntas forem respondidas, será possível supervisionar, controlar e refinar os procedimentos.
4. A avaliação do produto serve para decisões de reciclagem. Que resultados foram obtidos? Até que ponto as necessidades foram reduzidas? O que deverá ser feito com o programa depois que ele chegar a seu termo? Essas perguntas são importantes para julgar o que o programa conseguiu realizar.
PROPOSTA DE CLASSIFICAÇÃO DAS ABORDAGENS DA AVALIAÇÃO
(Avaliação de Programas)"Aqueles que publicaram propostas de classificação são numerosos demais para
citar aqui, mas alguns exemplos são Guba e Lincoln (1981); House (1983a);
Madaus, Scriven e Stufflebeam (1983); Popham (1975); Scriven (1993); Shadish
et al. (1991); Stake (1975b); e Worthen e Sanders (1973, 1987). Todos eles influen-
ciaram nosso pensamento sobre a categorização das abordagens da avaliação, mas nos baseamos principalmente em nosso próprio trabalho e no de House ao desenvolver o esquema apresentado adiante."
1. Abordagens centradas em objetivos, que se concentram na especificação de metas e
objetivos e na determinação da medida
foram atingidos.
2. Abordagens centradas na administração, em que о interesse central são a identificação e o atendimento das necessidades da informação dos administradores que tomam as decisões.
3. Abordagens centradas no consumidor, em que a questão central é fornecer informações avaliatórias sobre "produtos", definidos genericamente, para o uso de consumidores na escolha entre diferentes produtos, serviços e congéneres.
4. Abordagens centradas em especialistas, que dependem basicamente da aplicação
direta de conhecimentos especializados de profissionais para julgar a qualidade
de qualquer atividade que esteja sendo avaliada.
5. Abordagens centradas no adversário, em que a oposição planejada em termos de ponto de vista dos diferentes avaliadores (prós e contras) é o foco central da avaliação.
6. Abordagens centradas no participante, em que o envolvimento dos participantes
(interessados no objeto da avaliação) é crucial para determinar valores, critérios,
necessidades e dados da avaliação.
A abordagem centrada em objetivos orienta-nos no sentido de perguntar se as
metas e os objetivos já estão definidos e em que medida foram alcançados. As metas
e os objetivos foram avaliados? São defensáveis? Possíveis de atingir? Em que condições
ou em que ambientes? O que impediria que fossem alcançados? O modelo de
avaliação da discrepância (Provus, 1971) levanta outras perguntas sobre padrões,
projeto do-programa, instalação do programa, concretização do processo, metas definitivas
e fmais e análise da relação custo-benefício.
A abordagem específica centrada na administração desenvolvida por Stumebeam
gera perguntas sobre o contexto (necessidade), insumo (projeto), processo (implementação)
e produto (resultados) do programa. As abordagens centradas na administração
também nos lembram a necessidade de procurar conhecer as decisões que
devem ser orientadas pela avaliação, como o que as pessoas que tomam decisões
precisam saber e quando precisam dessas informações.
A abordagem centrada nos participantes lembra-nos que devemos ter certeza de
levar todos os interessados em conta e ouvir o que eles têm a dizer mesmo durante
conversas informais. O processo do programa é crítico e devemos tentar compreender
as diferentes maneiras pelas quais as pessoas o vêem ou os diversos significados
atribuídos a ele. Descrever o programa em toda a sua complexidade como meio de
educar os públicos deve ser considerado algo da maior importãncia. O modelo das
Faces da Avaliação, proposto por Stake (1967), oferece um quadro de referências
para levantarmos perguntas sobre fundamento lógico, intenções, eventos reais e padrões.
Somos lembrados de que descrições completas do objeto real da avaliação e
do contexto no qual opera devem estar contidas em nossa avaliação.
A abordagem centrada nos consumidores gerou muitas listas de verificação e conjuntos
de critérios que podem ser de grande valor para nós ao considerarmos que
componentes ou características estudar numa avaliação ou que padrões usar. A abordagem
centrada em especialistas produziu padrões e críticas que refletem os critérios
e valores usados por especialistas contemporâneos na educação, na saúde mental,
nos serviços de assistência social, na justiça criminal e em outros campos. A abordagem
centrada em adversários lembra-nos de considerar tanto os pontos fortes quanto
·350 Avaliação de programas os pontos fracos do objeto que estamos avaliando e indicar perguntas, preocupações e critérios da avaliação tanto de seus proponentes quando dos oponentes mais ardorosos daquilo que está sendo avaliado.
Referente Livro Avaliação de Programas- Worthen - es. Gente
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Michael Scriven
FILOSOFIA
quarta-feira, 4 de março de 2020
Prolegômenos Προλεγόμενος
PROLEGÔMENOS προλεγόμενος
Falar de antemão. Em Teologia é apresentar um panorama de todo o curso. Quais os tipos de teologia e explicá-los: patrística, escolástica, dogmática, reformada, liberal, neoliberal, neo-ortodoxa, existencialista, da libertação, carismática etc. Em Filosofia visualizamos as escolas e seus sistemas: pré-socráticos, socráticos, platônicos, aristotélicos, céticos, neoplatônicos, inatistas, empiristas, idealistas, voluntaristas, existencialistas, positivistas, neopositivistas etc. Em avaliação enxergamos os diferentes métodos da avaliação: avaliações centradas em objetivos, avaliações centradas na administração, avaliações centradas em especialistas, avaliações centradas em adversários, avaliações centradas nos consumidores. Avaliações qualitativas ou quantitativas, formativas ou somativas, atividades, insumos, produtos, resultados e impactos. Como em Psicologia não existe apenas uma abordagem de terapia: Behaviorista, psicanalítica, Gestalt, Social, Fenomenológica etc. Estudar avaliação nos traz discernimento. Aprendi e aprendo cada vez mais com meus estimados professores e minhas estimadas professoras. Construímos um sonho grandioso na Faculdade Cesgranrio, onde docentes e discentes aprendem ensinando e ensinam aprendendo avaliação. O privilégio é de todos, por isso, obrigado por ser mais um que de forma muito modesta participa desse processo. Márcio Ruben
sábado, 8 de fevereiro de 2020
AVALIAÇÃO, ÉTICA E IMPLEMENTAÇÃO!
AVALIAÇÃO, ÉTICA E IMPLEMENTAÇÃO!
Márcio Ruben
Márcio Ruben
Ao iniciar meus estudos em avaliação fiquei surpreso com as intermináveis definições sobre avaliação. E se falarmos em metodologia da avaliação, a confusão é maior. Metodologia ou tipo de avaliação? “Os teóricos de mais prestígio da área da avaliação diferem muito na visão do que é avaliação e de que forma deve ser feita” (LIVRO: AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS) 1 . Sei que o conceito de avaliação tem desenvolvido a cada dia, principalmente com as contribuições dos expoentes da avaliação modernos como Scriven e Patton, e vários comitês e associações sobre avaliação. As avaliações de políticas públicas, quando, por exemplo, na privatização de estatais, exige um controle por empresas externas na qualidade dos serviços prestados à população. Muitas avaliações somente são importantes para quem sofre um grande impacto do programa que afeta diretamente a sua vida. Para diretores abastados, o custo benefício, pode ser irrelevante. A falta de envolvimento e de resultados pode ser equiparado aos resultados de um juiz indiferente que não tem conhecimento profundo e experiência com o caso examinado. Conflito de interesses afetam o resultado quando o gestor tende a indiferença, pois não afeta o seu ego. Tudo reduz a credibilidade da avaliação. A avaliação de um produto que todos apostam nele, porém ao ser avaliado não apresenta eficiência. Scriven fala da “aprovação dos campos de treinamento pelos fuzileiros e de ritos de iniciação desumanizantes pelos membros de fraternidades”(SCRIVEN: AVALIAÇÃO: UM GUIA DE CONCEITOS) 2que seguem um viés de justificativa que muitos movimentos pelos direitos humanos não aprovariam. A avaliação desses objetos de estudo depende do sujeito que avalia. Mas qual é o padrão? O que é normativo? Consultores de avaliação são híbridos entre profissionais externos e internos, pois vivem certa independência ilusória, ao viver na verdade numa dependência e responsabilidade relevante ao avaliar o seu objeto avaliado. Abdicar de suas preferências, ser arbitrário, executar sua epochê fenomenológica. O contexto tem um caráter longitudinal 3e transversal, diacrônico e sincrônico. O histórico, os antecedentes do que se valia mais o momento atual, “o que se passa na atualidade” levam o avaliador a uma realidade da verdade dos fatos, uma busca da verdade nos moldes socráticos de definição. Por exemplo, numa avaliação formativa, a verdade não pode se apresentar apenas para o público alvo externo, também para os que convivem com o avaliado, o público interno (o staff) . 4É preciso distinguir e identificar os critérios para uma avaliação. Não é possível usar o mesmo critério de avaliação de pessoal para avaliação de produtos, ou até mesmo quando se avaliam professores, que conseguem um grande mérito por terem um planejamento de suas aulas, não é padrão de critério para avaliação de pessoal, que nem sempre apresenta um padrão previsível, determinista 5 . Infelizmente os conceitos metodológicos e instrumentais da avaliação podem ser e ainda são, por muitos profissionais e acadêmicos, idiossincráticos. Quão subjetivo pode ser um conceito de um fato objetivo. Conceituar, colocar no papel, definir. Pode ser “chato” criar normas e regras. Inconsistência entre a teoria e a prática.
Habermas é um filósofo que utiliza de uma hermenêutica relativista em contraste com a hermenêutica positivista, que esta é menos empática. “Ver os eventos numa perspectiva interna”6. Talvez um dos problemas mais complexos da avaliação é na implementação. Saber distinguir entre avaliação e recomendação. Nem sempre uma avaliação parte de dados ou premissas válidas. Recomendações ao cliente podem não ser aceitas, pois suas bases são inadequadas. Não houve uma visão de acordo com os fatos internos, com a realidade presente. Avaliações podem ser excelentes, mas redigidas sem clareza7. Segundo Scriven “o fenômeno da implementação pode ter poucas ou grandes implicações para o campo da avaliação”8. Todavia, uma avaliação pode ser parcial, ou melhor, não consumada ou fragmentária, muitas vezes motivada por medo de suas conclusões. Há vários motivos para uma axiofobia, principalmente quando interesses não casam, ou quando a ignorância do avaliador a respeito da capacidade do avaliando é o resultado de um péssimo julgamento. Por exemplo, um gestor não pode gostar de ser avaliado, todavia entende o prejuízo de um produto ruim, então mesmo contra a vontade sabe que o avaliador pode ajudá-lo a economizar nos custos do produto e evitar futuros prejuízos9. O que Scriven chama de “ajustar à fechadura a chave”. Mas a utilidade de uma avaliação pode ser descrita muitas vezes como implementação, ouvi muitas vezes isto, principalmente pelos avaliadores da área da saúde. Scriven afirma que, todavia “isto presume que o papel da avaliação é produzir recomendações, visto que somente recomendações são capazes de ser implementadas. Entretanto, muitas avaliações não podem nem devem incorporar recomendações” 10. “As diretrizes estabelecem uma referência de qualidade para as avaliações de modo que as mesmas sejam confiáveis, úteis, éticas e culturalmente apropriadas.”(RELAC) 11 A avaliação é uma ciência, pois possui métodos, regras. Segue valores, não é uma ciência livre de valores. Ética e moral exigem juízo de valor. Avaliar é julgar, avaliar é ver que a ética é uma política do bem-estar, base de igualdade dos direitos das pessoas.12 Há uma questão ética se, logo no início, a avaliação deveria ser feita, segue um objetivo honesto e arbitrário. A avaliação não depende exclusivamente da expertise do avaliador, mas da sua sagacidade, preparo e consideração ética e moral. Depende de sua equipe e olhar consciente. “De modo geral, o problema em avaliação primeiro é identificar valores relevantes”13 Sabendo que valores ilícitos violam restrições morais, restrições legais ou consistência lógica.
1Livro Avaliação de Programas, pág. 45. 2Livro Avaliação: Um Guia de Conceitos, pág. 222. 3Ibid., pág. 230. 4Ibid., pág. 236. 5Ibid., pág. 238.
6 Ibid., pág. 117 7 Ibid., pág. 320 8 Ibid., pág. 321 9 Ibid., pág. 500 10 Ibid., pág. 501 11 Diretrizes para Avaliação para a América Latina e o Caribe pág. 5. 12 Livro Avaliação: Um Guia de Conceitos, pág. 501 13 Ibid., pág. 510 14 Ibid., pág. 511
1Livro Avaliação de Programas, pág. 45. 2Livro Avaliação: Um Guia de Conceitos, pág. 222. 3Ibid., pág. 230. 4Ibid., pág. 236. 5Ibid., pág. 238.
6 Ibid., pág. 117 7 Ibid., pág. 320 8 Ibid., pág. 321 9 Ibid., pág. 500 10 Ibid., pág. 501 11 Diretrizes para Avaliação para a América Latina e o Caribe pág. 5. 12 Livro Avaliação: Um Guia de Conceitos, pág. 501 13 Ibid., pág. 510 14 Ibid., pág. 511
sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
quarta-feira, 18 de dezembro de 2019
Aprenda a falar em público sobre a sua Avaliação!
O Discurso na Avaliação
A palavra grega kerygma significa aquilo que é proclamado por um arauto ou proclamador público, uma proclamação por arauto.
A retórica é a arte de elaborar e apresentar o discurso. Disse Aristóteles em seu livro a Arte Retórica e Poética "Logo, se a elaboração do discurso pode existir sem preparativos com maior razão poderá existir – com a arte e cuidados”.
No grego clássico, a palavra homilos, significava falar a uma multidão e conquistá-la, daí o estudo do discurso chamado homilética ou a palavra de cunho religioso homilia.
Em avaliação o discurso é extremamente necessário.
É muito importante saber o que você vai falar. Leia, pesquise, domine o assunto.
Também é muito importante haver progressão de pensamento de maneira que o primeiro ponto conduza ao segundo e o segundo a um terceiro etc. Sondando o texto com perguntas encontraremos o assunto que deve dominar o discurso. O uso de perguntas como, por exemplo:
- Que é avaliação?
- Por que avaliar?
- Como avaliar?
- Qual o resultado e o impacto da avaliação?
O quê ou quem, o por quê, o como e qual é o resultado.
Na introdução começa-se por exprimir logo de entrada o que se pretende dizer e apresentar a ideia geral. Pode-se começar na forma de conselho, fazendo referência com elogios ou reprovações, ou diretamente a questões que dizem respeito aos ouvintes de modo geral. Importa-se obter a atenção dos ouvintes para todas as partes do discurso não só na introdução. Então sempre que se oferecer ocasião devemos nos dirigir aos ouvintes chamando a atenção deles à importância do que estamos dizendo e do que vamos fizer. Colabora bastante aprender a se relacionar com os ouvintes, saber que estão ali porque querem nos ouvir, que é essencial como se fala: não tente falar como se escreve, pois se perde a naturalidade. Enquanto o estilo escrito é mais exato o estilo das discussões é o mais dramático. Por exemplo, as frequentes repetições da mesma palavra são censuradas no discurso escrito, porém no discurso falado são meios da própria ação.
Não bastam que nossas palavras sejam intencionalmente coerentes, elas precisam ser estruturadas sobre a realidade, sobre a experiência, sobre algo que pode conectar o orador aos ouvintes, pois eles ouvem em geral o que previamente se identificam e de maneira inteiramente individual.
As divisões e a conclusão conduzem o discurso. As ilustrações devem ser usadas com cuidado, ajuda entender o discurso. Deve-se evitar ilustrações que precisam ser explicadas. Olhar e visualizar o público traz segurança ao ouvinte e aproximação. Nunca termine seu discurso sem conclusão, na conclusão faça uma revisão de todo assunto tratado, algumas vezes levando à prática, a ação.
(Solicite uma aula sobre o assunto em gestaodaavaliacao@gmail.com prof. Márcio Ruben)
sexta-feira, 13 de dezembro de 2019
O que é Hermenêutica?
O que é Hermenêutica?
É a ciência e a arte de interpretar.
Três ciências: (Seguem regras)
• Hermenêutica – O que significa?
• Crítica textual – É verdade? É a melhor tradução?
• Exegese – Está de acordo na prática?
É muito importante:
• Contexto precedente e posterior.
• Textos paralelos.
• Ensino geral e do autor.
• Ensino geral de outros textos e outros autores.
Na interpretação do texto, da perícope escolhida (texto a ser examinado):
- Verificar o escopo, isto é, o objetivo do autor.
- Identificar o estílo do autor.
- O uso de figuras de linguagem.
- O contexto do autor: político, social, econômico.
"Para ser moderno é preciso ser extemporâneo" Nietzsche. Isto é, fora de seu tempo, examinar os clássicos, outras disciplinas. A avaliação é transdisciplinar.
"Não se pode banhar no rio duas vezes da mesma maneira, pois as águas não são mais as mesmas" Heráclito, e, "Nós não somos mais os mesmos, pois sabemos que nos banhamos de novo" Hegel. Isto é, a razão é razão para cada momento do tempo. Para cada época há um jeito de pensar, uma contextualização, não pensamos como nossos pais, nossos antepassados. É preciso viver o passado, utilizar de ferramentas que nos façam nos aproximar do contexto do autor e dos seus escritos.
A razão tem uma dialética, ora a verdade está no objeto do conhecimento, ora a verdade está no sujeito do conhecimento. Há uma tese, antítese e síntese. Nem sempre a síntese é a total negação da antítese. A razão se desenvolve no tempo, a razão é o próprio tempo. Na análise dos textos é de suma importância a compreensão do tempo e da razão.
Em grego, dialética, tem a ver com as palavras dia, através e aletheia, verdade. É o desvelamento, a retirada do véu, é o movimento de vai e vem, é a afirmação e a negação, é a fenomenologia do espírito. A consciência de si mesmo.
Todo texto a ser examinado reflete algo mais que letras, reflete espírito e razão.
Prof. Márcio Ruben
sexta-feira, 29 de novembro de 2019
o poder da lógica
o poder da lógica
Ontem conversei com o jovem muito talentoso e premiado, João, aluno do sistema de informação da Faculdade Cesgranrio sobre a importância da lógica.
Vou postar aqui uma série de estudos sobre a lógica e o raciocínio lógico.
Tanto a razão como a experiência, o racionalismo e o empirismo, depende da lógica para passar de uma ideia a outra. Ela funciona otimanente aplicada a matemática, mas, quando os números são substitufdos por ideias, coisas curiosas podem acontecer. Parte do problema é que as palavras podem ter mais de um significado. Outro problema da lógica é que geralmente é preciso partir de premissas. Isto significa que, mesmo que lógica seja correta, suas premissas podem estar erradas e levá-lo a conclusões falsas.
• Para baixo: dedução
A dedução é o processo de descobrir coisas que são necessariamente verdadeiras, contanto que os pressupostos de que partimos, denominados premissas, sejam verdadeiros. Aristóteles forneceu um famoso exemplo de um tipo de dedução que ele denominou silogismo. Consiste de três enunciados: duas premissas e uma conclusão . Eis o silogismo de Aristóteles sobre Sócrates: Todo homem é mortal. Sócrates é um homem. Sócrates é mortal. Das duas premissas, podemos deduzir a conclusão sem margem de dúvida. Como observou o próprio Aristóteles, a conclusão só é garantida se as premissas forem de fato verdadeiras. Se nem todo homem for mortal ou se Sócrates não for um homem, a conclusão de que Sócrates é mortal pOderá ser falsa.
• Para cima: indução
Outro processo lógico importante é a indução - uma forma de fazer generalizações sobre as coisas. A indução, assim como a dedução, passa das premissas para as conclusões. Mas, ao contrário da dedução, a indução leva a conclusões que podem não ser verdadeiras, mesmo que as premissas o sejam. As conclusões indutivas são prováveis, não certas. Por exemplo, se quisermos saber de que cores podem ser os pombos, sairmos em campo, encontrarmos um bom número de pombos e todos eles forem brancos, poderemos apostar que todos os pombos são brancos. Mas podemos ter certeza? Mesmo ver um milhão de pombos brancos não garante que não haja em algum lugar algum pombo preto. O máximo que podemos dizer é que todos os pombos são provavelmente brancos.
Continua...
Continua...
quarta-feira, 27 de novembro de 2019
Programa Criança Feliz! Uma Avaliação!
VOCÊ CONHECE O PROGRAMA CRIANÇA FELIZ?
"Nosso blog tem hoje mais de 8000 visualizações".
quinta-feira, 21 de novembro de 2019
GRADUAÇÃO EM AVALIAÇÃO
GESTÃO DA AVALIAÇÃO
Estude na Cesgranrio. Única graduação em Avaliação no Brasil. Nota máxima na avaliação do MEC.ACESSE A FACULDADE AQUI
http://www.facesg.edu.br/graduacao_avaliacao.aspx
sábado, 16 de novembro de 2019
Baixe Modelo de Mapa de Processos e Resultados
Mapa de Processos e Resultados - Prof. Dr. Paulo Jannuzzi
"A especificação de pesquisas de avaliação e de sistemas de indicadores de monitoramento para um programa social segue, nos vários manuais e textos aplicados na área, um conjunto de etapas em que, a primeira, é a coleta de informações sobre os objetivos, desenho lógico, normas operacionais e arranjo de implementação do programa.
Essa etapa de “pre-avaliação”, também conhecida como “estudo de avaliabilidade do programa”, é determinante da qualidade e relevância dos insumos que instrumentos de monitoramento e avaliação aportam para gestão de programas sociais.
Afinal, programas sociais não são projetos sociais de pequena escala. Programas sociais são intervenções públicas desenhadas para mitigar uma problemática social ou para promover um objetivo societário comum. Para isso, a partir de uma “teoria de mudança social”, explícita ou não, estruturam-se em diversas atividades, envolvem-se milhares de pessoas em diferentes posições e instituições, consumindo recursos públicos para gerar produtos, serviços e outras “entregas” para a sociedade e os públicos-alvo almejados.
Assim, antes de especificar uma avaliação ou um instrumento de monitoramento para um programa é necessário conhecê-lo melhor, para que a pesquisa de campo ou o painel de indicadores não retratem de forma simplória a complexidade operacional do mesmo, ou ainda, não reflita os efeitos que o programa, de fato, pretenda alcançar (JANNUZZI 2016)."
sexta-feira, 15 de novembro de 2019
Inquisição Sem Fogueiras!
INQUISIÇÃO SEM FOGUEIRAS!
A inquisição teve inicio em 1229 e após a Reforma Protestante (1517), também foi praticada por estes .
Alguns princípios da Inquisição:
- A absolvição era quase desconhecida.
- Os juízes eram eclesiásticos, uma ordem religiosa.
- A documentação e as testemunhas eram sigilosas.
- Os "hereges" geralmente não tinham direito a defensores (advogados).
- Uma pequena discordância da ordem estabelecida era motivo de ser queimado.
- Não havia lugar para uma "heresia construtiva". Qualquer fala diferente era motivo para suspeita.
- Onde não se achavam culpados queimavam inocentes, pela denúncia com recompensa financeira de 1/3 dos bens do acusado. Uma verdadeira caça aos hereges.
Essa "atitude inquisitorial" também passou existir nos meios acadêmicos e por alguns profissionais da Avaliação. Principalmente por aqules "antigos acadêmicos" que pulverizam e esmagam os jovens acadêmicos.
Dizem: Não aceitamos qualquer discordância. Queimem esse "herege". Desapareçam com ele.
Dizem os inquisidores: Os males desses "novos hereges" devem ser combatidos. Esses "hereges" devem ser silenciados.
O que vemos hoje é uma inquisição sem fogueiras. Sem diálogo e baseado na hostilização, está estabelecido o tribunal. Infelizmente não se pode aceitar a cooperação e a tolerância. Professor e professora, avaliador e avaliadora devemos nos preocupar em não nos transformarmos em inquisidores dos jovens acadêmicos ou daqueles que apresentam uma abordagem diferente, mas se examinados têm um certo sentido, uma certa razão. A educação para autonomia também é uma educação libertadora da "inquisição sem fogueiras".
"Escutar é obviamente algo que vai mais além da possibilidade auditiva de cada um. Escutar, no sentido aqui discutido, significa a disponibilidade permanente por parte do sujeito que escuta para a abertura à fala do outro, ao gesto do outro, às diferenças do outro. Isto não quer dizer, evidentemente, que escutar exija de quem realmente escuta sua redução ao outro que fala. Isto não seria escuta, mas auto-anulação. A verdadeira escuta não diminui em mim, em nada, a capacidade de exercer o direito de discordar, de me opor, de me posicionar. Pelo contrário, é escutando bem que me preparo para melhor me colocar ou melhor me situar do ponto de vista das ideias. Como sujeito que se dá ao discurso do outro, sem preconceitos, o bom escutador fala e diz de sua posição com desenvoltura. Precisamente porque escuta, sua fala discordante, em sendo afirmativa, porque escuta, jamais é autoritária." Paulo Freire - Pedagogia da Autonomia - Saberes Necessários à prática Educação.
Atenciosamente,
"Escutar é obviamente algo que vai mais além da possibilidade auditiva de cada um. Escutar, no sentido aqui discutido, significa a disponibilidade permanente por parte do sujeito que escuta para a abertura à fala do outro, ao gesto do outro, às diferenças do outro. Isto não quer dizer, evidentemente, que escutar exija de quem realmente escuta sua redução ao outro que fala. Isto não seria escuta, mas auto-anulação. A verdadeira escuta não diminui em mim, em nada, a capacidade de exercer o direito de discordar, de me opor, de me posicionar. Pelo contrário, é escutando bem que me preparo para melhor me colocar ou melhor me situar do ponto de vista das ideias. Como sujeito que se dá ao discurso do outro, sem preconceitos, o bom escutador fala e diz de sua posição com desenvoltura. Precisamente porque escuta, sua fala discordante, em sendo afirmativa, porque escuta, jamais é autoritária." Paulo Freire - Pedagogia da Autonomia - Saberes Necessários à prática Educação.
Atenciosamente,
quarta-feira, 13 de novembro de 2019
Visite nosso blog da Avaliação!
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Hoje completamos 7.756 visitas ao nosso blog. Ajude a divulgar a Avaliação! "Somos anões em ombros de gigantes."
Profa. Dra. Thereza Penna Firme - Medalha Carioca da Educação 2018
Profa. Dra. Thereza Penna Firme - Medalha Carioca da Educação 2018
Ontem tivemos uma palestra com a Professora Thereza muito maravilhosa. A cada palestra aprendemos muito e a admiramos.
Segue abaixo um vídeo da Profa. Dra. Thereza Penna Firme - Medalha Carioca da Educação 2018.
segunda-feira, 11 de novembro de 2019
domingo, 10 de novembro de 2019
CIPP CONTEXTO, INSUMO, PROCESSO, PRODUTO.
CIPP
CONTEXTO, INSUMO, PROCESSO, PRODUTO.
1. A avaliação do contexto serve para decisões de planejamento. Determinar que necessidades precisam ser atendidas por um programa ajuda a definir seus objetivos.
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3. A avaliação do processo serve para decisões de implementação. Qual é o grau de êxito da implementação do programa? Que barreiras ameaçam seu sucesso? Que revisões são necessárias? Depois que essas perguntas forem respondidas, será possível supervisionar, controlar e refinar os procedimentos.
4. A avaliação do produto serve para decisões de reciclagem. Que resultados foram obtidos? Até que ponto as necessidades foram reduzidas? O que deverá ser feito com o programa depois que ele chegar a seu termo? Essas perguntas são importantes para julgar o que o programa conseguiu realizar.
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Michael Scriven
FILOSOFIA
quinta-feira, 7 de novembro de 2019
Comparação entre as abordagens avaliativas
VARIACÕES PROVOCADAS PELA ABORDAGEM DA AVALlACÃO QUE ESTÁ SENDO USADA
O modelo centrado nos participantes exerceu grande influência sobre os avalia-dores. Hoje em dia, poucos profissionais da área fazem uma avaliação sem conside-rar outros públicos e o contexto em que ela está sendo feita. Mas, como no capítulo 12, os modelos têm ênfases diferentes. Um avaliador que usa a abordagem centrada exclusivamente nos objetivos, caso raro hoje entre os avaliadores tarimbados, poderia envolver diversos públicos na definição dos objetivos do programa, mas seu foco monolítico nos objetivos o impe-diria de chegar a uma descrição adequada do programa e à compreensão do contex-to político no qual a avaliação está sendo realizada. Uma abordagem centrada em objetivos tende a ser relativamente linear e pode não reconhecer a multiplicidade de pontos de vista sobre o programa, o cliente que serve nem a sociedade na qual opera Da mesma forma, uma abordagem centrada na administração costuma ser criticada por seu foco no administrador como o principal indivíduo a tomar deci-sões e por só dar informações identificadas com as decisões a ser tomadas. Embora usuários sofisticados desse modelo certamente identifiquem e conheçam os interes-ses de outros públicos, esses públicos são vistos como secundários. Se esses públicos estiverem fora da entidade (como clientes, grupos de interesse etc.), é quase certo que não serão vistos como essenciais porque os avaliadores que adotam essa aborda-gem tendem a considerá-los sem poder para tomar decisões que afetariam o progra-ma dramaticamente (é óbvio que esses avaliadores não teriam considerado a possibi-lidade de um boicote!). Um avaliador centrado na administração também poderia se concentrar na definição de decisões a ser tomadas e no contexto dessas decisões, e não no contexto do programa em si. A abordagem centrada nos consumidores vai definir necessariamente o pro-grama em razão dos olhos dos consumidores. Nesse caso, outros públicos e outras visões do programa ou dos produtos podem ser negligenciados. Portanto, uma avaliação das florestas nacionais centrada no consumidor poderia escolher o foco da satisfação dos campistas dessas florestas. Até que ponto estão satisfeitos com as instalações do camping? Com a beleza do lugar? Com o acesso aos locais onde podem acampar? Esse tipo de foco negligenciaria outros públicos, como fazen-deiros, pessoas que não acampam mas querem a terra protegida e futuras gerações de usuários e não-usuários. É provável que o avaliador centrado em especialistas tenha a visão mais estreita ao identificar e considerar os públicos e suas descrições e visões do programa. O avaliador é contratado por causa de seus conhecimentos especializados desse tipo de programa. Esses conhecimentos, assim como os critérios da avaliação, derivam nor-malmente de educação, treinamento e experiência no campo e, muitas vezes, de padróes criados pela mesma profissão em que o "especialista" é formado. Assim, o público do programa e os meios de descrevê-lo são circunscritos de forma bem estreita pela profissão que o programa representa (como educação para as escolas, saúde para os hospitais, justiça criminal para as prisões). O avaliador pode coletar dados sobre o programa com muitos públicos diferentes, mas raramente vai consi-derar as necessidades informacionais desses públicos em sua avaliação. Esse avalia-dor veria seu papel como um reflexo dos padróes de seu campo, e não dos de outras pessoas ou grupos. O modelo centrado nos participantes é, com certeza, o que defende mais ardo-rosamente a inclusão de muitos públicos e perspectivas diferentes no planejamento da avaliação. O avaliador que usa esse modelo procuraria constantemente descobrir.
Livro Avaliação de Programas - Worthen
Livro Avaliação de Programas - Worthen
quarta-feira, 6 de novembro de 2019
Efeito Hawthorne
Conceito que se originou nos Estudos Hawthorne e que consiste numa mudança positiva do comportamento de um grupo de trabalhadores em relação aos objetivos de uma empresa devido ao fato de eles se sentirem valorizados pela gerência ou pela direção da mesma.
Esse comportamento ocorreu durante os experimentos realizados em Hawthorne, quando os pesquisadores passaram a ouvir os desabafos e as sugestões dos trabalhadores. Estes consideraram que o simples fato de estarem sendo ouvidos pela empresa – e algumas de suas sugestões postas em prática – tinha sido a melhor coisa que se fizera até então.
Os trabalhadores se sentiam valorizados também por terem sido selecionados para participar dos experimentos de Hawthorne: nas salas especiais onde estes se realizavam, a supervisão se exercia de uma forma muito menos opressiva e tirânica do que na fábrica.
sábado, 2 de novembro de 2019
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